25 de abril de 2013

O ser vivo mais antigo do planeta foi descoberto na Suécia



 Os cientistas da Universidade de Umeã encontraram no noroeste do pais um pinheiro da especie Picea abis, com aproximadamente 9.550 anos, bem comum em toda a Europa, largamente plantado em jardins, do mesmo tipo usado na fabricação do famoso violino Stradivarius. O método usado na datação da árvore foi o carbono 14, expondo a idade de alguns galhos e troncos, variando de 375, 5.660 a 9.000 anos. A longevidade do pinheiro se deve a sua dupla capacidade de se “clonar” e de se adaptar a mudanças drásticas no clima. A idade foi determinada em um laboratório de Miami. Na América do Norte já haviam sido encontrados exemplares de pinheiros de 4000 e 5000 anos. Acredita-se que essa árvore “surgiu” logo após o desaparecimento do manto de gelo da última era glacial. De suas raízes nascem novos talos e troncos como um arbusto encolhido sobre ele mesmo, propiciando assim a sua longevidade.

 Texto de Diego Vieira - Imagens Históricas

Fonte: engenharie.com.br

18 de abril de 2013

NASA descobre três planetas do tamanho da Terra na zona habitável



Nos últimos três anos, o observatório espacial Kepler da NASA foi empurrando para trás as fronteiras do nosso conhecimento sobre o universo. O telescópio tem gerado enormes quantidades de dados e deverá continuar a fazer isso até 2016. Até a última atualização, Kepler detectou 2.740 candidatos planetários através de 2.046 estrelas. Se Hubble nos trouxe visões do cosmos a partir do início da criação, Kepler foi vital em nossa busca por outros planetas em nosso próprio quintal. Numa conferência de imprensa, a missão Kepler anunciou a descoberta de dois novos sistemas planetários, com um total de 3 Super-Terras na zona habitável. O primeiro sistema, designado de Kepler-62 (KOI-701), tem 5 planetas dos quais 2 são Super-Terras na zona habitável da estrela hospedeira. Super-Terras são planetas de constituição semelhante à da Terra, formada maioritariamente por rocha e com um núcleo metálico, mas de maior dimensão e massa. As duas Super-Terras agora descobertas, designadas de Kepler-62e e -62f, têm raios de 1.6 e 1.4 vezes o da Terra, e temperaturas de equilíbrio, i.e., sem ter em conta o efeito de possíveis atmosferas, de 270 e 208 Kelvin (-3 e -65 Celsius), respectivamente. Como termo de comparação, a temperatura de equilíbrio da Terra é de 255 Kelvin (-18 Celsius), mas a temperatura média do nosso planeta é substancialmente mais elevada em grande parte devido ao efeito de estufa provocado pela atmosfera. Os 5 planetas do sistema orbitam a estrela com períodos de 5, 12, 18, 122(Kepler-62e) e 267(Kepler-62f) dias. Os 3 planetas mais interiores do sistema, Kepler-62b, -62c e -62d, são também pequenos, dois são maiores do que a Terra e um do tamanho de Marte, mas muito quentes dada a sua proximidade à estrela hospedeira. Kepler-62, é uma estrela de tipo espectral K, mais fria do que o Sol e com apenas 2/3 do tamanho e 1/5 da luminosidade da nossa estrela. Situa-se a cerca de 1200 anos-luz na direção da constelação da Lira.

No segundo sistema, agora designado de Kepler-69 (KOI-172), foram detectados trânsitos de 2 planetas, um dos quais é 1.7 vezes maior do que a Terra e orbita a estrela com um período de 242 dias. Este planeta, designado de Kepler-69c, encontra-se no limite interior da zona habitável da estrela hospedeira e poderá ser uma versão mais maciça do planeta Vénus, com uma atmosfera densa e com um efeito de estufa descontrolado. A temperatura de equilíbrio do planeta é de 299 Kelvin (26 Celsius). Como termo de comparação, a temperatura de equilíbrio de Vénus é de 260 Kelvin (-13 Celsius) mas a temperatura à superfície é de 740 Kelvin (aproximadamente 470 Celsius)! O outro planeta do sistema, o Kepler-69b, tem um período orbital de 13 dias e é pouco mais de 2 vezes maior do que a Terra. Dada a sua proximidade à estrela hospedeira, deverá ser um planeta extremamente quente. A Kepler-69 é uma estrela semelhante ao Sol, de tipo espectral G, e tem 93% do tamanho do Sol e 80% da sua luminosidade. Situa-se a 2700 anos-luz de distância na constelação do Cisne.


 Com estas descobertas, os planetas Kepler-69c, Kepler-62e e Kepler-62f, constituem agora os planetas menores descobertos pela missão Kepler dentro da zona habitável. O detentor deste recorde era o Kepler-22b, anunciado em Dezembro de 2011, com 2.4 vezes o raio da Terra. Comparação dos tamanhos dos planetas mais pequenos encontrados pela missão Kepler na zona habitável. A Terra aparece à direita como termo de comparação. Crédito: NASA/Ames/JPL-Caltech

  Será que daqui algum tempo iremos comprar passagens com destino para esses planetas?



 Fonte: engenhariae.com.br/NASA, AstroPT,