21 de dezembro de 2011

Saiba o que é o Acelerador de Partículas


Saiba o que é o Acelerador de Partículas

Um assunto muito comentado ultimamente e que vem gerando muita polêmica é sobre o Acelerador de Partículas, que tem como finalidade simular as condições existentes no momento em que ocorreu a teoria do Big Bang.
Uma das polêmicas sobre o assunto é que a colisão dessas partículas poderia gerar um mini buraco negro que poderia engolir o nosso planeta.
Entenda agora tudo sobre este assunto.


O que são

Os aceleradores de partículas são equipamentos que fornecem energia a feixes de partículas subatômicas eletricamente carregadas. Todos os aceleradores de partículas possibilitam a concentração de alta energia em pequeno volume e em posições arbitradas e controladas de forma precisa.
Exemplos comuns de aceleradores de partículas existem nas televisões e geradores de raios-X, na produção de isótopos radioativos, na radioterapia do câncer, na radiografia de alta potência para uso industrial e na polimerização de plásticos.


O LHC

A sigla LHC significa "Grande Colisor de Hádrons", em inglês. Os hádrons são o nome genérico das partículas que são compostas por quarks, os componentes básicos dos prótons e nêutrons.
A um custo estimado em mais de 3 bilhões de euros, o maior acelerador de partículas já construído, o LHC, sondará as entranhas da matéria em busca das respostas que faltam para compreender vários dos mistérios do universo. E a idéia é fazer isso sem destruir o mundo no processo, a despeito de rumores em contrário.
Grosso modo, o LHC é uma espécie de "rodoanel" para prótons, as partículas que caracterizam os elementos existentes no universo. Um túnel circular de 27 km, localizado sob a fronteira entre a Suíça e a França, ele usará poderosíssimos ímãs, construídos com tecnologia de supercondutores, para acelerar feixes de partículas até 99,99% da velocidade da luz. Produzindo um feixe de prótons em cada direção, a idéia é colidi-los quando estiverem em máxima velocidade. O impacto é capaz de simular condições próximas às que existiram logo após o Big Bang, gerando um sem-número de partículas elementares.


O bóson de Higgs: a “partícula de Deus”

A principal busca é pelo Bóson de Higgs, uma partícula que pelo modelo padrão da física deve ser a responsável pela massa de toda a matéria que existe no universo (e por conseguinte a gravidade). Esta partícula é tão importante que é chamada de Partícula de Deus. Micro buracos negros e monopólos magnéticos também estão entre o que se espera produzir por lá.
Uma forma simples de imaginá-lo é como uma imensa máquina de esmigalhar prótons, colidindo-os uns com os outros. Os caquinhos que emergirem das colisões são as partículas que os cientistas pretendem estudar. E uma, em especial, está na cartinha que todos os físicos do laboratório enviaram a Papai Noel neste ano: o bóson de Higgs.
Infelizmente, até agora os cientistas não encontraram nenhum sinal concreto de sua existência. Por maior que fossem os aceleradores de partículas, o Higgs continuava ocultando sua existência. Agora, com a nova jóia da ciência européia, ele não terá mais onde se esconder.
Com uma potência nunca antes vista num acelerador, o LHC quase com certeza encontrará o bóson de Higgs. Ou coisa que o valha.
Ninguém duvida que a idéia que está por trás do bóson de Higgs esteja correta. Se o bóson de Higgs, exatamente como foi proposto, não for encontrado, aparecerão outros sinais - partículas - que indicarão o novo caminho a ser seguido. Pode-se não achar o bóson de Higgs, mas, seja qual for a física que está por trás, algo vai aparecer, e este algo pode até levar a uma nova revolução na física.


Polêmica

Mas os buracos negros não são aqueles objetos terríveis que existem nas profundezas do espaço, engolindo tudo que está ao seu redor, até mesmo a luz? Será que é uma boa idéia criar um miniburaco negro no subsolo terrestre?
A imensa maioria dos físicos diz que não haverá perigo algum. Esses possíveis buracos negros são microscópicos. Uma vez criados, seriam quase imediatamente destruídos, espalhando diversas partículas com padrões muito peculiares. A imagem do buraco negro faminto, devorando impiedosamente tudo ao seu redor, se aplica apenas aos buracos negros astrofísicos, nunca a buracos negros microscópicos.
Embora os miniburacos negros pareçam ser inofensivos, há uma outra hipótese um pouco mais ameaçadora.
Os vilões dessa vez são chamados de "strangelets". Seriam partículas de um tipo exótico de matéria que não existe normalmente. O problema é que a teoria diz que, se um strangelet conseguisse tocar o núcleo de um átomo convencional, o átomo seria convertido em strangelet. Ou seja, se o LHC produzir strangelets, alguns físicos dizem que eles poderiam interagir com a matéria normal da Terra e iniciar uma reação em cadeia que consumiria o planeta inteiro.
Muitos e muitos estudos dizem que isso não vai acontecer. Mas como decidir o que fazer, se o risco, embora baixíssimo, envolve a destruição da Terra? Sir Martin Rees, o astrônomo real britânico, escreveu um livro inteiro ("Hora Final", ou "Our Final Hour", no original) para alertar sobre experimentos como esse, que, embora com uma probabilidade muito baixa, têm chance de causar resultados catastróficos.
Por isso, há quem esteja muito preocupado. Mas a verdade é que o universo produz eventos muito mais agressivos que o LHC, com supernovas, buracos negros e tudo mais, e ainda estamos aqui para estudá-los e compreendê-los.


Os primeiros testes

O LHC, maior acelerador de partículas do mundo, recebeu seus primeiros feixes de prótons no dia 10 de Setembrode 2008. As primeiras tentativas foram iniciadas pelos cientistas por volta das 4h30 (9h30 no horário suíço). Tudo correu conforme as expectativas, e o mundo não acabou - nem vai acabar, segundo os responsáveis pelos experimentos.
Quase 9.000 cientistas se reuniram na fronteira entre a Suíça e a França para realizar o primeiro teste.                                                                         
O teste realizado consistiu em atirar o primeiro feixe de prótons em um gigantesco túnel circular de pouco mais de 27 quilômetros de comprimento para observar a colisão das partículas e seus resultados.
Colocados no acelerador, os prótons deram uma volta completa no enorme túnel. O êxito do primeiro teste foi muito comemorado pelas dezenas de cientistas presentes na sala de controle do organismo, que aguardavam com expectativa o resultado.
Antes do teste, não era possível saber quanto tempo o feixe demoraria para colidir, o que ocorreu em pouco mais de 50 minutos. Os testes eram feitos em pequenos passos de alguns quilômetros, até que os técnicos aprendessem a lidar com o feixe.


Fontes: News Errado / Wikipédia / G1 / UOL / Ricardo5150

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