20 de agosto de 2011
Ecstasy modificado combateria câncer
Pesquisadores ingleses anunciaram hoje que uma forma modificada da droga MDMA, conhecida como Ecstasy, possui grande poder de combate a certos tipos de câncer – como leucemia, linfoma e mieloma.
A equipe da Universidade de Birmingham afirma que, em alguns anos, uma medicação segura poderia ser desenvolvida para pacientes – e aguarda a liberação dos testes clínicos para avaliar seus resultados em pessoas.
O estudo, publicado na Investigational New Drugs, se baseia em uma pesquisa de seis anos atrás. Nela, os cientistas notaram que mais da metade dos cânceres das células brancas do sangue tinham seu crescimento interrompido com aplicação de drogas psicotrópicas. Em laboratório, as células respondiam bem a derivados de anfetamina, como Ecstasy e pílulas para emagrecimento, ou antidepressivos, como Prozac.
Na época, no entanto, os pesquisadores não conseguiram testar os resultados, obtidos em células isoladas em laboratório, em pessoas: a dose necessária de MDMA para combater o câncer mataria um paciente.
Durante todo esse tempo, os pesquisadores trabalharam em parceria com a Universidade Western Austrália para isolar as propriedades anti-câncer da droga e retirar as toxinas nocivas. O resultado foi um composto mais atraído à gordura que compõe a parede celular e, por isso, capaz de penetrar mais facilmente na célula cancerígena e dissolvê-la. Essa nova fórmula aumenta a eficiência da droga em 100 vezes, se comparada ao Ecstasy comum, mas não possui o mecanismo tóxico nocivo.
Mais importante, os pesquisadores dizem ter compreendido os mecanismo por trás da ação do MDMA no câncer – o que pode levar ao desenvolvimento de outros tratamentos.
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