24 de fevereiro de 2013

EUA aprovam tecnologia biônica com retina artificial


Washington - O Governo dos Estados Unidos aprovou na quinta-feira uma tecnologia de retina artificial que constitui o primeiro olho biônico para pacientes do país, desenvolvido em parte com apoio da Fundação Nacional de Ciências, informaram nesta sexta-feira os meios de imprensa locais. Segundo um comunicado da Direção de Alimentos e Remédios dos EUA (FDA, por seu sigla em inglês), o dispositivo, com o nome comercial Argus II Retinal Proshtesis System, transmite por via sem fio as imagens de uma câmera montada em óculos a um conjunto de microeletrodos implantados na retina danificada do paciente. Esse conjunto, por sua vez, envia sinais elétricos por meio do nervo ótico e o cérebro interpreta a imagem.

 O Argus II é um microprocessador que contém mil eletrodos e foi desenvolvido por Wentai Liu, professor de bioengenharia na Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. A aprovação por parte da FDA beneficiará só os indivíduos que tenham perdido a visão como resultado da retinitis pigmentosa (RP) profunda, uma doença que afeta uma em cada 4 mil pessoas nos Estados Unidos.

 O aparelho recebeu em 2011 a aprovação das autoridades sanitárias da Europa e já foi implantado em mais de 50 pacientes fora dos Estados Unidos. A retinitis pigmentosa danifica as células sensíveis à luz que recobrem a retina e, gradualmente, diminui a capacidade da pessoa para distinguir a luz da escuridão. O implante permite que alguns indivíduos com RP, que são completamente cegos, localizem objetos, detectem movimentos, melhorem a orientação e a mobilidade, e consigam distinguir formas, incluindo letras grandes. Embora haja tratamentos que retardam o progresso das doenças que degeneram a retina, não houve até agora nenhum tratamento que pudesse substituir a função dos fotorreceptores perdidos no olho.

Fonte: Abril.ciência

Os 10 maiores meteoritos já encontrados no Brasil

 Do espaço para a Terra 



A chegada de um meteoro à região dos Montes Urais na Rússia e a passagem do asteroide 2012 D14 ao sistema da Terra, causaram certa apreensão em todo o mundo nesta sexta-feira. Enquanto o meteorito deixou rastros de destruição e cerca de mil pessoas feridas, o segundo visitante irá apenas passar, ainda que de raspão, por aqui. Apesar de toda a preocupação, “invasões” como as que foram registradas hoje são muito mais comuns do que a maioria das pessoas imagina. De acordo com dados da Meteoritical Society, organização dedicada ao estudo destes corpos, 73 quedas de meteoritos já foram registradas apenas no Brasil. Com base nos registros da organização, EXAME.com selecionou os dez maiores corpos que atingiram o país os últimos tempos. Confira nesta galeria de imagens:

 Santa Catarina 



O título de maior meteorito já encontrado no Brasil vai para o Santa Catharina. Descoberto na região de São Francisco do Sul (Santa Catarina) em 1875, o corpo rochoso pesa 7 toneladas e não teve sua queda documentada.


Bendegó



Encontrado em 1784 no sertão baiano, o meteorito de Bendegó é o segundo maior já registrado no país. O corpo rochoso pesa pouco mais de 5 toneladas e foi descoberto no município de Monte Santo, Bahia. Recebeu este nome por ter sido encontrado próximo do riacho Bendegó. 



Campinorte


Outro grande meteorito registrado no Brasil é o Campinorte. Sua queda não foi documentada e, de acordo com a Meteoritical Society, o corpo foi encontrado em 1992, em Goiás. O peso do Campinorte é de 2 toneladas. 


Santa Luzia

Encontrado em 1921 na região da cidade de Luziânia, Goiás, a queda do Santa Luzia na Terra também não foi documentada. O meteorito pesa pouco menos de 2 toneladas e hoje está exposto no Museu Nacional do Rio de Janeiro. 


Itapuranga

Um pouco menor que seus companheiros de lista, o Itapuranga pesa apenas 628 kg e foi encontrado próximo a cidade que leva o mesmo nome, também em Goiás. O ano de sua descoberta, contudo, não foi informado pela Meteoritical Society. 



Nova Petrópolis

Com 305 kg, o meteorito Nova Petrópolis ocupa a sexta posição entre os maiores já encontrados no país. O corpo rochoso foi descoberto em 1967 em uma região próxima à cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul. Assim como os outros meteoritos que caíram no país, a queda do Nova Petrópolis não foi documentada. 


Putinga

Encontrado em 1937, o Putinga é um meteorito cuja queda foi observada: um casal de trabalhadores do campo testemunhou o momento em que ele atingiu a Terra. Pesando 300 kg, o corpo rochoso caiu em uma região próxima à cidade de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. 


Sanclerlândia

O Sanclerlândia foi encontrado em 5 de outubro de 1971, no interior do estado de Goiás. O corpo rochoso pesa 279 kg e sua queda não foi observada.


Patos de Minas

Descoberto em 1925, o meteorito Pato de Minas foi encontrado na região da cidade de mesmo nome (Minas Gerais) e pesa 200 kg. Assim como a maioria dos meteoritos da lista, sua queda não foi observada.


Porto Alegre

Apesar de não ser o maior meteorito já visto no país (apenas 200 kg), o Porto Alegre é um dos mais recentes: foi encontrado em 2005 nas proximidades da capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 

Fonte: Abril.ciência

Veja onde os meteoritos caíram nos últimos 4 mil anos



O meteorito que atingiu o território russo na sexta-feira (15) deixou a população mundial com medo. Porém, meteoritos invadem a atmosfera terrestre com uma frequência maior do que se imagina. Uma prova disto está no mapa que mostra os impactos registrados desde 2.300 a.C. Meteoritos são objetos compostos de rocha e metal que podem se desprender de corpos do sistema solar, viajar pelo espaço e cair na superfície terrestre. Muitas vezes, esses objetos celestes são tão pequenos que se desintegram quando entram na atmosfera terrestre.

 O mapa acima foi criado por Javier de la Torre, cofundador das companhias de software Vizzuality e CartoDB. Para isso, ele usou dados da Meteorological Society. Cada círculo representa a massa de cada meteorito. Logo, quanto maior o círculo, maior o meteorito. O mapa mostra a localização dos 34.513 pontos de impacto registrados nos últimos 4.000 anos. Ele representa apenas uma fração dos impactos, já que zonas sem habitantes e o oceano não foram contabilizados. Vale lembrar que o meteorito que caiu na região de Tcheliabinsk, nos Montes Urais, pesava 10 toneladas. Ele explodiu antes de alcançar o solo por causa do enorme calor gerado pela compressão do ar na frente do corpo celeste. Este fenômeno é conhecido como bólido ou explosão aérea.

A grande explosão fez celulares pararem de funcionar e janelas se estilhaçarem quando o meteorito explodiu, deixando cerca de 1000 pessoas feridas. Ao acessar o mapa completo, é possível clicar nos círculos espalhados pelo mapa. Assim, o usuário pode saber mais detalhes sobre cada impacto, qual o tipo do meteorito, a massa dele, quando ele caiu na Terra e se seus fragmentos foram encontrados.

Fonte: Abril.ciência

Meteorito atingiu a Austrália há 360 milhões de anos



Sydney - Uma equipe de cientistas descobriu uma área de 200 km de diâmetro na Austrália onde teria caído um gigantesco meteorito há 360 milhões de anos, indicou nesta quarta-feira um de seus membros.

 O meteorito media entre 10 e 20 km de diâmetro, declarou à AFP Andrew Glikson, professor convidado da Universidade Nacional da Austrália. "É um achado", afirmou, referindo-se à cratera na bacia de East Warburton, no sul da Austrália. "O que realmente impressiona é a extensão da zona de impacto, de no mínimo 200 km (de diâmetro), o que torna a terceira maior superfície no mundo" impactada por um corpo celeste. Glikson indicou que o estudo do terreno foi iniciado após outro cientista identificar amostras anômalas microestruturais.

 "Depois disso, passei meses em um laboratório fazendo testes com microscópio para medir as orientações dos cristais (...) e constatei que as rochas encontradas no local apresentavam marcas de um impacto extraterrestre", acrescentou. "Trata-se de um asteroide de ao menos 10 km de diâmetro", cuja queda sobre a Terra provocou um "impacto regional e mundial", ressaltou o cientistas. O asteroide, transformado em meteorito após tocar o solo, provocou uma imensa cratera atualmente encoberta por uma camada de 3 km de sedimentos. Ao cair, com certeza provocou gigantescas nuvens de fumaça e vapor que, segundo Andrew Glikson, cobriram a Terra. Os asteroides deste tamanho entram em colisão com o nosso planeta uma vez a cada dezenas de milhões de anos.

Fonte: Abril.ciência

Pirâmide de vizir de Ramsés II é encontrada em Luxor



Cairo - Uma pirâmide de mais de 3.000 anos de um vizir do faraó Ramsés II foi encontrada em Luxor, no sul do Egito, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais egípcias. Os restos da pirâmide, que media mais de 15 metros de altura e 12 metros de comprimento, foram encontrados por uma missão conjunta de duas universidades belgas (a Universidade Livre de Bruxelas e a Universidade de Liège), disse o secretário de Estado egípcio para as Antiguidades, Mohamed Ibrahim.

 O monumento "pertence a um vizir do Alto e do Baixo Egito chamado Jay, que exerceu o cargo equivalente ao de um primeiro-ministro durante quinze anos sob o reino do faraó Ramsés II", indicou a missão em um comunicado.

 "O monumento sofreu grandes destruições nos séculos VII e VIII de nossa era, quando o túmulo foi transformado em uma capela copta", segundo a missão. "Trata-se de uma descoberta de grande importância, já que o vizir Jay é conhecido pelos estudiosos do Egito através de muitos documentos", continua o comunicado. Luxor (a antiga Tebas) tem muitos tesouros arqueológicos, como os templos de Karnak e Luxor. Geralmente muito frequentado pelos turistas, o local foi muito afetado pela instabilidade que se seguiu à queda, em fevereiro de 2011, do regime de Hosni Mubarak.

Fonte: Abril.ciencia

Crânios alongados encontrados no México, 2012.



Recentemente, arqueólogos fizeram uma descoberta de um cemitério com cerca de 1000 anos contendo esqueletos cujos crânios possuem a estranha forma oval. É a primeira vez que esse tipo de crânio é achado no México e, apesar de ser uma descoberta incrível, deformações semelhantes foram encontradas no mundo todo; desde o Egito Antigo (famoso caso de Nefertiti), Sibéria, Escandinávia, Malta, Ilhas do Pacífico, até América Central e América do Sul. A explicação para esse tipo de prática, segundo os arqueólogos, está relacionada a demonstração de "status", ou seja, os indivíduos colocavam tábuas e panos de forma a prendê-las na cabeça de bebês de um a seis meses de idade, para que ficassem com os crânios alongados. A prática buscava uma diferenciação social, demonstrando poder e, além disso, alguns estudiosos afirmam que os povos praticantes das deformações como forma de diferenciação buscavam, também, a ampliação das capacidades cognitivas, acreditando que um crânio alongado poderia, inclusive, ajudar ao indivíduo a prever o futuro. O fato é que diversas discussões surgiram após essas descobertas ao redor do mundo, muitos chegando a alegar que tais povos tentavam se assemelhar a Deuses vindos do espaço; tal afirmação é bem explorada no livro e filme "Eram os Deuses Astronautas?" e ainda existe muita controvérsia sobre o assunto.


 Fonte: facebook; Imagens Históricas

23 de fevereiro de 2013

Suástica gravada na estátua de Buda, na Coréia.



 A imagem da cruz suástica é um dos amuletos mais antigos e universais do mundo, sendo utilizada desde o Período Neolítico. Foi adotada em diversas culturas, sem qualquer interferência umas com as outras. Especulou-se até que a difusão da suástica entre diversas culturas mundiais (Índia, África, América do Norte e do Sul, Ásia e Europa) apontava para uma origem comum, possivelmente da lendária Atlântida. As primeiras formas similares à suástica estão conservadas em vasos cerâmicos datados de cerca de 4000 a.C., em antigas inscrições europeias, e como parte da escrita encontrada na região do Indo, de cerca de 3000 a.C., a qual religiões posteriores (hinduísmo e budismo) passaram a usar como um de seus símbolos. Na Antiguidade, a suástica foi usada largamente pelos indo-arianos, hititas, celtas e gregos, dentre outros. Ela ocorre em outras culturas asiáticas, europeias, africanas e indígenas americanas, na maioria das vezes como elemento decorativo, eventualmente como símbolo religioso. O Budismo foi fundado por um príncipe hindu e as formas da suástica são uma herança dessa cultura. O símbolo foi incorporado desde a Dinastia Liao nos ideogramas chineses, significando algo como "um grande número", "multiplicidade", "grande felicidade" ou "longevidade". A suástica marca as fachadas de muitos templos budistas e costumam ser desenhadas no peito de muitas esculturas de Buda, ou frequentemente aparecem ao pé da estatuária budista. Em razão da associação da suástica com o Nazismo após a segunda metade do século XX, a suástica budista fora da Índia tem sido utilizada apenas na sua forma virada para a esquerda. Esta forma da suástica é comum nas caixas de comida chinesa indicando que a comida é vegetariana e pode ser comida por budistas de princípios mais rígidos. Também é bordada com frequência nos colarinhos das blusas das crianças chinesas, para os proteger de maus espíritos.  A suástica usada na arte e escultura budistas é conhecida dentro da língua japonesa como "manji" (que, literalmente, pode ser traduzido como o caractere chinês para eternidade), e representa o Dharma, a harmonia universal, o equilíbrio dos opostos. O símbolo virado à esquerda representa amor e piedade; voltado para a direita é força e inteligência. O uso do símbolo no Ocidente, junto às significações religiosas e culturais que lhe emprestaram, foi corrompido no começo do século XX, quando foi adotado pelo Partido Nazista. Isto ocorreu porque os nazistas declaravam que os arianos eram os antepassados do povo alemão moderno e propuseram, por causa disto, que a subordinação do mundo à Alemanha fosse algo imperativo, e até mesmo predestinado. A suástica então tornou-se um símbolo conveniente, de forma geométrica simples e ao mesmo tempo marcante, a enfatizar este mito ariano-alemão, insuflando o orgulho racial. Desde a II Guerra Mundial a maior parte do mundo ocidental tem a suástica apenas como um símbolo nazista, levando a equivocadas interpretações de seu uso no Oriente, além de confusão quanto ao seu papel sagrado e histórico em outras culturas. O uso da suástica era assim associado pelos teóricos nazistas à sua hipótese da descendência cultural ariana dos alemães. Seguindo a teoria da invasão ariana da Índia, reivindicavam os nazistas que os primeiros arianos naquele país introduziram o símbolo, que foi incorporado nas tradições védicas, sendo a suástica o símbolo protótipo dos invasores brancos. Também acreditavam que o sistema de castas hindu tinha sido um meio criado para se evitar a mistura racial. O conceito de pureza racial, adotado como central na ideologia nazista, não utilizou nenhum dos métodos modernamente aceitos como científicos. Para as ideias de Hitler, os arianos hindus eram, a um mesmo tempo, modelo a ser copiado e uma advertência para dos perigos da "confusão" espiritual e racial que, dizia, ocorrera pela proximidade das raças distintas. A adoção da suástica por Hitler e pelo Partido Nazista e, na atualidade, por neonazistas e outros grupos preconceituosos, tornou o símbolo um tabu em muitos países ocidentais. A Alemanha de pós-guerra tornou criminosa a exibição da suástica e outros símbolos nazistas - com exceção dos fins educacionais e com fins de demonstrar oposição ao nazismo. No Brasil, o uso da suástica para fins nazistas também constitui crime, com pena de reclusão de dois a cinco anos e multa.

Autor da foto: Desconhecido
Texto de Diego Vieira
Fonte: Administração Imagens Históricas

Elvis – O Terror do Conservadorismo



 Astro do rock n’ roll mundial, Elvis Presley foi o tormento dos conservadores de seu tempo. A “ameaça” que Elvis representava logo tomou proporções gigantescas, principalmente depois de sua aparição no "The Milton Berle Show", no dia 5 de junho de 1956, em rede nacional. Na ocasião, Elvis cantou a música “Hound Dog” e seu jeito de dançar mexendo os quadris foi algo que notoriamente chamou a atenção do público. As críticas dos jornais do dia seguinte foram enfáticas: “Terrivelmente sem talento e vulgar” (New York Herald Tribune); “O Sr. Presley não possui compreensível capacidade de cantar” (The New York Times). Censurado em algumas rádios e filmado apenas da cintura para cima em algumas transmissões televisivas, Elvis se tornou uma “ameaça” para a formação da nova geração. Logo, os grupos religiosos, pais e professores estavam condenando Elvis e sua música, considerando-a algo inapropriado para uma família com princípios cristãos. Na imagem, o pastor Robert Gray faz uma comparação em seu púlpito entre um cartaz de Elvis e a Bíblia, provavelmente destacando que o comportamento, dança e som do cantor não era algo aconselhável para os seguidores da Bíblia. Elvis Aaron Presley faleceu no dia 16 de agosto de 1977, deixando um incomparável legado para o rock mundial. Diferentemente do que acontece com alguns, a dança e música de Elvis não morreram com ele. Sua morte foi apenas um marco para a continuação de sua interminável história.


Gio Zaneratto
Fonte: Administração Imagens Históricas
Foto: Robert W. Kelly – Time & Life/Getty Images

O Barão Vermelho: o Às dos Ases.



 Como uma águia sobrevoando de forma absoluta sua presa, o Barão Vermelho alimentou seu instinto de predador abatendo ingleses, franceses e canadenses, durante a Primeira Guerra Mundial. Apesar de sua ferocidade nos primeiros dogfight's da História, obteve o respeito e a admiração dos seus adversários – pelos quais, inclusive, foi enterrado com as honrarias do verdadeiro herói. Considerado o às dos ases, o alemão Manfred Von Richthofen possuía uma incrível destreza de caça que o fez neutralizar 80 aviões inimigos. Manfred também era, de fato, um barão. O título nobiliárquico hereditário de Freiherr (Barão) foi concedido à família pelo antigo Imperador da Prússia, Frederico, o Grande, em 1741. Construiu sua reputação destruindo inimigos entre 1916 e 1918, contudo, obedecia ao antigo código de honra da cavalaria – da qual fez parte entre 1914 e 1915. Nos combates, depois de abater aviões adversários, não admitia a perseguição destes já neutralizados – normalmente em chamas – apenas para matar o piloto. Jamais atirava no piloto que saltasse de paraquedas ou tentasse escapar em terra. Apesar dos horrores da guerra em terra, Manfred acreditava que, ao menos no ar, as românticas regras da cavalaria medieval deveriam ser praticadas à risca. No início de 1917, Manfred decidiu pintar seu avião de vermelho (o biplano Albatroz D.III; posteriormente, o triplano Fokker Dr. I). Pintou inteiramente seu avião de vermelho por dois motivos: o primeiro como uma referência ao seu antigo regimento de Cavalaria dos Ulanos (cavalaria leal à monarquia do Kaiser Guilherme II); o segundo, sendo extremamente desafiador: para que todos soubessem de quem se tratava. Após isso, auferiu diversos apelidos dos seus adversários – "Diabo Vermelho" dos franceses e "Cavaleiro Vermelho" e "Barão Vermelho" dos ingleses. Em 21 de Abril de 1918, ainda ferido de um combate anterior, o Barão Vermelho ergueu seu triplano vermelho-sangue aos ares pela última vez. No norte da França, Manfred quebrou uma regra própria, deixando a formação para entrar em disputa com Camel’s (biplanos ingleses). Manfred caçou sua última presa atrás das linhas inimigas, mesmo já tendo outros caças no seu encalço. Atacado por céu e terra, foi atingindo por um tiro que lhe perfurou o coração e o pulmão. O gigante dos ares, que ainda contava 25 anos de idade, foi abatido pouco antes do término da guerra. Ironicamente, há algum tempo o próprio Manfred teria dito: "Se eu sair vivo desta guerra é porque eu tive mais sorte do que cérebro". Pela grandeza do às dos ases, até hoje existe uma discussão sobre quem teria dado o tiro certeiro. A força aérea britânica reconhece o inglês Roy Brown como autor do tiro fatal; o artilheiro australiano Robert Buie também reivindicou ter feito o disparo – entre muitos outros. Após uma reconstituição feita em 1998, revelou-se que o tiro certeiro fora disparado das trincheiras. O tiro teria saído da metralhadora antiaérea do australiano Cedric Popkin, que morreu sem saber da sua suposta proeza. O Barão Vermelho caiu em território inimigo, mas seu corpo foi velado com todas as honrarias militares, por sua grande atuação em combate e um exemplo a ser seguido. Manfred Von Richthofen tornou-se a maior lenda da aviação mundial – o às dos ases. Uma curiosidade: Muitos acreditam que o Barão Vermelho tenha algum parentesco com o pai de Suzane Von Richthofen – a que assassinou os pais com a ajuda dos irmãos Cravinhos. Esse suposto parentesco foi bem noticiado na imprensa nacional, mas negado pelos descendentes do piloto. O pai de Suzane seria sobrinho-neto do poderoso Barão Vermelho.


Texto: Eudes Bezerra.
Fonte: Administração Imagens Históricas.


O evento de Tunguska




O evento de Tunguska. A imagem mostra sinais da devastação mesmo 45 anos após o ocorrido. Há mais de um século, em 30 de junho de 1908, uma explosão descomunal foi detonada sobre uma região despovoada da Rússia. Muitos mistérios rondam esse evento. Afinal, como poderia tamanha explosão que agitou o campo magnético terrestre e iluminou o hemisfério norte por 3 dias não ter deixado uma cratera sequer, mas aplainou de forma exótica uma grande área de 2.150 km² da floresta siberiana e deixou 200 km² de árvores queimadas? O Evento de Tunguska foi uma queda de um objeto celeste que aconteceu em uma região da Sibéria próxima ao rio Podkamennaya Tunguska. Apesar de ainda ser assunto de debate, segundo os estudos mais recentes a destruição provavelmente foi causada pelo deslocamento de ar subsequente a uma explosão de um fragmento de cometa a uma altitude de 5 - 10 km na atmosfera, devido ao atrito da reentrada. Estima-se que a energia da explosão está entre 5 megatons e 30 megatons de TNT. Isso é aproximadamente igual a 1000 vezes a bomba lançada em Hiroshima na segunda guerra mundial e aproximadamente um terço da Tsar Bomba, a mais poderosa arma nuclear já detonada. A explosão teria sido suficiente para destruir uma grande área metropolitana. A explosão derrubou cerca de 80 milhões de árvores em uma área e 2150 quilômetros quadrados e estima-se que tenha provocado um terremoto de 5 graus na escala Richter. Ao inspecionar o local da explosão, os atordoados moradores locais encontraram terríveis cenas de devastação. Árvores haviam sido derrubadas como palitos de fósforos numa área de 30 quilômetros em torno. O intenso calor fundira objetos metálicos, destruíra depósitos e queimara muitas renas, matando-as. Nenhum animal da área sobreviveu, mas, milagrosamente, nenhum ser humano foi morto.  Os efeitos da explosão de Tunguska foram ouvidos e sentidos a 1000 quilômetros ao seu redor. Testemunhas a 600 quilômetros dali, disseram que alguns pescadores foram atirados ao rio e cavalos foram derrubados por ondas de impacto, enquanto as casas tremiam e objetos caíam das prateleiras. O condutor do trem expresso Transiberiano parou a composição com medo de um descarrilamento, quando os vagões e a locomotiva começaram a tremer. Ondas sísmicas como as de um terremoto foram registradas em toda a Europa, assim como perturbações no campo magnético da Terra. Apesar de ser considerado o maior impacto terrestre na história recente da Terra, impactos de intensidade similar em regiões remotas teriam passado despercebidos antes do advento do monitoramento global por satélite nas décadas de 1960 e 70. A natureza do objeto que se chocou com a terra ainda é assunto de debate. A principal dificuldade com a hipótese do asteroide é que um objeto rochoso teria produzido uma grande cratera num impacto tão energético, e nenhuma cratera foi encontrada. Descobriram que as árvores foram danificadas de cima para baixo e, além disso, que as mais próximas do local do impacto ainda estavam em pé, embora descascadas e desgalhadas. As mais afastadas estavam achatadas e apontavam para a direção contrária ao centro da explosão. Se o objeto de Tunguska fosse um asteróide ou meteoróide, feito portanto de ferro e rocha, ou os fragmentos existem e não foram encontrados pelas seguidas expedições científicas soviéticas ou então, o objeto que veio pulverizou-se completamente na explosão. Mais de 30 hipóteses e teorias foram levantadas sobre o fenômeno de Tunguska. As mais exóticas falam de um meteorito feito de antimatéria, de um pequeno buraco negro que teria atravessado a Terra e até da queda de uma nave extraterrestre. Se o fenômeno houvesse ocorrido alguns minutos depois, dada a rotação da Terra, o ângulo de impacto incidiria em grandes cidades da região, provavelmente gerando incalculaveis mortes.


Foto: Associated Press
Texto de Diego Vieira
Fonte: Administração Imagens Históricas

O Culto à Carga




 Nas batalhas do Pacífico, durante a Segunda Guerra Mundial, era comum o fato de soldados americanos montarem postos avançados de combate, onde tentavam manter um relacionamento amistoso com os nativos destas ilhas, e, para facilitar, costumavam dar alguns presentes como bugigangas e alimentos. Quando nativos observaram a entrega de materiais por encomendas (cargas), geralmente grupos militares recebendo suprimentos aviões, não compreendiam a origem destas cargas e atribuíam isto a causas sobrenaturais. Quando a guerra acabou e os presentes se foram, os nativos, lembrando-se de como os presentes vinham daqueles pássaros metálicos, decidiram construir réplicas de madeira, imaginando que talvez desta forma os presentes pudessem ser magicamente atraídos. Além das réplicas, os nativos também abriram clareiras na mata para criar pistas de pouso para atrair os aviões, acendendo fogueiras que imitavam as luzes que guiam os pilotos. Muitas vezes grupos imitaram também ritualisticamente a forma de andar e se vestir dos militares na esperança de receber também a "carga" destas entidades sobrenaturais. Na Ilha de Tanna, os cultos assumiram formas mais complexas. Os mais velhos imaginaram que, se comportando como os antigos visitantes, os presentes seriam atraídos. Para isso, no dia 15 de fevereiro de cada ano, uma bandeira dos Estados Unidos é hasteada e os mais velhos vestem os poucos uniformes que lhes foram deixados pelos soldados. Outros desfilam e dançam com pedaços de madeira imitando fuzis. Eles também possuem um messias: os nativos esperam por John Frum, o filho de deus que, vindo acompanhado de um exército de mortos, fará com que os nativos retornem às antigas tradições em um evento apocalíptico. John Frum assume vários rostos: o de um nativo, um homem branco ou até mesmo um soldado americano negro. Há algumas versões que tentam explicar quem teria sido "John Frum". Alguns estudiosos dizem que este seria o nome bordado no uniforme de algum soldado americano que teria tido maior contato com os nativos, mas outros dizem que muitos soldados apresentavam-se como "John from America", e a lembrança de uma parte desta frase muitas vezes ouvida teria se transformado em "John Frum". Texto de Diego Vieira Fonte: Administração Imagens Históricas