1 de outubro de 2011

Área em Marte seria último local de vida

 
Noctis Labyrinthus: parte dessa formação teria permanecido úmida por mais tempo
 
 
Depressões de um grande cânion marciano podem ter sido o último reduto de vida no planeta – se é que ela, um dia, existiu por lá. Cientistas do Planetary Science Institute, nos Estados Unidos, descobriram que a argila de uma região conhecida como Noctis Labyrinthus é muito mais jovem do que em outras partes do planeta.
A descoberta, publicada na revista Geology, indica que o ciclo de água naquele local foi diferente: ela teria durado mais tempo, mantendo a região habitável em uma época em que o restante de Marte já era seco. A argila, normalmente datada com 3,6 bilhões de anos, teria se formado lá entre 2 e 3 bilhões de anos atrás.
Catherine Weitz foi a líder do estudo que avaliou um tipo específico de argila mineral que rapidamente expande e contrai com a água absorvida. Ela contém sílica e alumínio, ferro ou magnésio em sua estrutura e se forma na presença de água não ácida.
A cientista e sua equipe estudaram cerca de 300 metros de camadas expostas dessa rocha argilosa em depressões de 30 km a 40 km no conjunto de “labirintos” (Noctis Labyrinthus) a leste dos Valles Marineris, o grande sistema de cânions marciano.
Com as imagens em alta resolução da nave Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), eles mapearam e analisaram como a química da região teria variado. Os resultados não afirmam que existiu vida em Marte (um assunto ainda em aberto, já que nenhuma evidência concreta disso foi encontrada), mas apontam que, caso ela tenha surgido e desaparecido, as depressões de Noctis Labyrinthus seriam o local mais recente para procurar pro seus indícios.

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