22 de outubro de 2011

Os perigos do lixo tecnológico

Os perigos do lixo tecnológico

O que você faz quando a pilha do controle remoto acaba? Pode parecer muito simples jogá-la no lixo, mas é bom saber que pilhas e baterias são cheias de substâncias tóxicas como chumbo, cádmio e mercúrio que, a partir dos lixões, podem contaminar o solo e a água. O mesmo vale para celulares, filmadoras ou qualquer aparelho que possua uma bateria interna (aqueles que você carrega ligando diretamente na tomada).                                                                            
Existe uma lei que obriga as lojas que vendem aparelhos eletrônicos e/ou pilhas e baterias a recolhê-los quando eles forem considerados lixo. Não importa se elas estão estragadas ou não: se quiser jogar fora, você tem que levar de volta à loja onde as comprou. Os estabelecimentos ficam encarregados da reutilização, reciclagem ou descarte apropriado do material. E se você encontrar algum lugar que se recuse a receber suas baterias, pode reclamar.
Mas existem alguns tipos de pilhas que não são tóxicas e podem ser jogadas no lixo sem problemas. São as pilhas secas dos tipos zinco-manganês ou alcalina-manganês e as pilhas portáteis de lítio ou zinco. Vale a pena guardar a embalagem e dar uma olhadinha para garantir quando for jogá-las fora.
Outra boa idéia é trocar as pilhas e baterias comuns pelas recarregáveis, que, por não serem descartáveis, gastam menos energia para serem fabricadas e liberam menos poluição no ar. Mas lembre-se: o carregador é um aparelho de bateria interna, portanto, não deve ser jogado no lixo comum.
Mas o que pode acontecer se as pessoas continuarem jogando baterias no lixo?
Não são só os consumidores domésticos – aqueles que compram o produto para usar em casa – os culpados. Usinas elétricas, empresas de televisão e rádio e indústrias em geral ainda usam baterias que levam chumbo, cádmio e outros poluentes. E o pior, as descartam incorretamente, sendo os maiores responsáveis pela contaminação do solo e da água próximos aos depósitos de lixo.
Abandonadas nos lixões, as baterias enferrujam e vazam. As substâncias liberadas são absorvidas pelo solo e podem chegar aos lençóis freáticos ou a rios próximos, se espalhando pela água. As pessoas que tiverem contato com esta água, seja bebendo, tomando banho ou comendo um vegetal regado com ela serão contaminadas. O tempo de decomposição dos metais pesados usados em pilhas e baterias é infinito, pois mesmo que a água seja filtrada ou fervida eles continuarão presentes. Até vacas que se alimentarem de pasto contaminado terão seu leite e carne afetados.
Apesar de as indústrias serem as maiores responsáveis pelo contágio do solo e por muitos outros tipos de ataque ao ambinte, você precisa fazer a sua parte antes de poder culpá-los.


Atitudes contra o lixo tóxico e tecnológico

- Não jogue pilhas no lixo. Guarde as usadas em um lugar seco e ventilado até encontrar um posto de coleta (o Banco Real está com um projeto para receber pilhas, e o site do Ministério do Meio Ambiente tem uma lista nacional dos postos de coleta).

- Use pilhas recarregáveis. Apesar de serem mais caras, duram muito mais. Procure comprá-las em lojas confiáveis, pois as falsificadas tomaram conta do mercado.

- Não compre pilhas piratas. Elas duram menos, são mais tóxicas e podem explodir com facilidade, pois sua capa protetora é de papelão e não de aço, como nas originais.

- Evite pilhas. Elas são um dos piores meios de armazenamento de energia. Sempre que possível, alimente aparelhos eletrônicos com energia elétrica, utilizando uma fonte conversora.


Fontes: Conpet / Atitude Verde/Ricardo 5150

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