1 de julho de 2013

BOA MUSICA!!!! LED ZEPPELIN


Led Zeppelin foi uma banda britânica de rock, formada em Londres em setembro de 1968. A banda consistia no guitarrista Jimmy Page, o vocalista Robert Plant, o baixista e tecladista John Paul Jones e no baterista John Bonham. Com o seu som pesado de guitarra, e o som de blues rock de seus dois primeiros álbuns, o Led Zeppelin é frequentemente reconhecido como um dos progenitores do hard rock e heavy metal. O estilo único da banda criou uma grande variedade de influências, e eles são amplamente considerados um dos grupos de rock de maior sucesso, inovação e influencia na história. Depois de mudar seu nome de New Yardbirds, o Led Zeppelin assinou um acordo favorável com a Atlantic Records, que ofereceu-lhes uma considerável liberdade artística.

O grupo não gostava de lançar suas canções como singles, pois eles viam os seus álbuns como indivisíveis e uma completa experiências de escuta. Embora inicialmente impopular com os críticos, o grupo conseguiu um impacto comercial significativo nas vendas de Led Zeppelin, Led Zeppelin II, Led Zeppelin III, o seu quarto álbum sem título, Houses of the Holy, e Physical Graffiti. Seu quarto álbum, que apresenta a faixa "Stairway to Heaven", está entre as obras mais populares e influentes do rock, e ajudou a cimentar a popularidade do grupo. Álbuns posteriores do grupo visaram uma experimentação maior e foram acompanhados por extensos recordes e concertos que renderam à banda uma reputação pelos seus excessos e sua devassidão.

Apesar de terem permanecido bem sucedidos comercialmente e criticamente, a sua produção e agenda de shows foram limitadas no final de 1970, e o grupo se desfez após a morte repentina de Bonham em 1980. Desde então, ao decorrer das décadas, os membros sobreviventes esporadicamente colaboraram e participaram de raras reuniões juntos.O mais bem sucedido deles foi em 2007 no Ahmet Ertegun Tribute Concert, em Londres, com Jason Bonham no lugar de seu falecido pai, na bateria. Led Zeppelin é amplamente considerado como um dos grupos de rock mais bem sucedidos, inovadores e influentes da história.

 Eles são um dos artistas que mais venderam na história da música, várias fontes estimam recordes de vendas do grupo entre 200 a 300 milhões de unidades em todo o mundo. Com 111,5 milhões de unidades certificadas pela RIAA, eles são a segunda banda de maior recorde de vendas de discos nos Estados Unidos.3 Cada um de seus nove álbuns de estúdio foram colocados no Billboard Top 10 e seis deles atingiram o número um.4 A revista Rolling Stone descreveu como "a banda mais pesada de todos os tempos",5 "a maior banda dos anos 70"6 e "sem dúvida, uma das bandas mais marcantes da história do rock".7 Eles foram introduzidos no Rock and Roll Hall of Fame em 1995, sua biografia no museu demonstra que a banda era "tão influente na década dos anos 1970, como os Beatles na década anterior".8




Fonte: Wikipédia

25 de abril de 2013

O ser vivo mais antigo do planeta foi descoberto na Suécia



 Os cientistas da Universidade de Umeã encontraram no noroeste do pais um pinheiro da especie Picea abis, com aproximadamente 9.550 anos, bem comum em toda a Europa, largamente plantado em jardins, do mesmo tipo usado na fabricação do famoso violino Stradivarius. O método usado na datação da árvore foi o carbono 14, expondo a idade de alguns galhos e troncos, variando de 375, 5.660 a 9.000 anos. A longevidade do pinheiro se deve a sua dupla capacidade de se “clonar” e de se adaptar a mudanças drásticas no clima. A idade foi determinada em um laboratório de Miami. Na América do Norte já haviam sido encontrados exemplares de pinheiros de 4000 e 5000 anos. Acredita-se que essa árvore “surgiu” logo após o desaparecimento do manto de gelo da última era glacial. De suas raízes nascem novos talos e troncos como um arbusto encolhido sobre ele mesmo, propiciando assim a sua longevidade.

 Texto de Diego Vieira - Imagens Históricas

Fonte: engenharie.com.br

18 de abril de 2013

NASA descobre três planetas do tamanho da Terra na zona habitável



Nos últimos três anos, o observatório espacial Kepler da NASA foi empurrando para trás as fronteiras do nosso conhecimento sobre o universo. O telescópio tem gerado enormes quantidades de dados e deverá continuar a fazer isso até 2016. Até a última atualização, Kepler detectou 2.740 candidatos planetários através de 2.046 estrelas. Se Hubble nos trouxe visões do cosmos a partir do início da criação, Kepler foi vital em nossa busca por outros planetas em nosso próprio quintal. Numa conferência de imprensa, a missão Kepler anunciou a descoberta de dois novos sistemas planetários, com um total de 3 Super-Terras na zona habitável. O primeiro sistema, designado de Kepler-62 (KOI-701), tem 5 planetas dos quais 2 são Super-Terras na zona habitável da estrela hospedeira. Super-Terras são planetas de constituição semelhante à da Terra, formada maioritariamente por rocha e com um núcleo metálico, mas de maior dimensão e massa. As duas Super-Terras agora descobertas, designadas de Kepler-62e e -62f, têm raios de 1.6 e 1.4 vezes o da Terra, e temperaturas de equilíbrio, i.e., sem ter em conta o efeito de possíveis atmosferas, de 270 e 208 Kelvin (-3 e -65 Celsius), respectivamente. Como termo de comparação, a temperatura de equilíbrio da Terra é de 255 Kelvin (-18 Celsius), mas a temperatura média do nosso planeta é substancialmente mais elevada em grande parte devido ao efeito de estufa provocado pela atmosfera. Os 5 planetas do sistema orbitam a estrela com períodos de 5, 12, 18, 122(Kepler-62e) e 267(Kepler-62f) dias. Os 3 planetas mais interiores do sistema, Kepler-62b, -62c e -62d, são também pequenos, dois são maiores do que a Terra e um do tamanho de Marte, mas muito quentes dada a sua proximidade à estrela hospedeira. Kepler-62, é uma estrela de tipo espectral K, mais fria do que o Sol e com apenas 2/3 do tamanho e 1/5 da luminosidade da nossa estrela. Situa-se a cerca de 1200 anos-luz na direção da constelação da Lira.

No segundo sistema, agora designado de Kepler-69 (KOI-172), foram detectados trânsitos de 2 planetas, um dos quais é 1.7 vezes maior do que a Terra e orbita a estrela com um período de 242 dias. Este planeta, designado de Kepler-69c, encontra-se no limite interior da zona habitável da estrela hospedeira e poderá ser uma versão mais maciça do planeta Vénus, com uma atmosfera densa e com um efeito de estufa descontrolado. A temperatura de equilíbrio do planeta é de 299 Kelvin (26 Celsius). Como termo de comparação, a temperatura de equilíbrio de Vénus é de 260 Kelvin (-13 Celsius) mas a temperatura à superfície é de 740 Kelvin (aproximadamente 470 Celsius)! O outro planeta do sistema, o Kepler-69b, tem um período orbital de 13 dias e é pouco mais de 2 vezes maior do que a Terra. Dada a sua proximidade à estrela hospedeira, deverá ser um planeta extremamente quente. A Kepler-69 é uma estrela semelhante ao Sol, de tipo espectral G, e tem 93% do tamanho do Sol e 80% da sua luminosidade. Situa-se a 2700 anos-luz de distância na constelação do Cisne.


 Com estas descobertas, os planetas Kepler-69c, Kepler-62e e Kepler-62f, constituem agora os planetas menores descobertos pela missão Kepler dentro da zona habitável. O detentor deste recorde era o Kepler-22b, anunciado em Dezembro de 2011, com 2.4 vezes o raio da Terra. Comparação dos tamanhos dos planetas mais pequenos encontrados pela missão Kepler na zona habitável. A Terra aparece à direita como termo de comparação. Crédito: NASA/Ames/JPL-Caltech

  Será que daqui algum tempo iremos comprar passagens com destino para esses planetas?



 Fonte: engenhariae.com.br/NASA, AstroPT,

26 de março de 2013

A Bomba Atômica em Números



Eram 08h16min do dia 06 de agosto de 1945. “Meu Deus, o que foi que nós fizemos?”. Essa foi a interrogação de um dos tripulantes do Enola Gay, após ver a devastação causada pela bomba atômica, lançada em Hiroshima no Japão, que pôs fim na Segunda Guerra Mundial. Enola Gay foi o nome dado ao avião norte-americano B-29 pelo seu comandante em homenagem à própria mãe. No dia 09 outra bomba foi lançada, dessa vez em Nagasaki, também no Japão.


Morreram cerca de 100 mil pessoas em Hiroshima e 80 mil em Nagasaki. Entre as vítimas, estavam civis e cidadãos comuns, pois nenhuma das duas cidades era alvo militar de grande importância e foram preservadas para o grande teste de poder destrutivo da bomba, que nunca havia sido lançada sobre humanos e estas cidades estavam localizadas em pontos estratégicos, com boas condições de tempo e nuvens, o que facilitaria o lançamento dos aviões. O motivo para tanta destruição foi a guerra do Pacífico, protagonizada pelo Japão e Estados Unidos, no contexto do término da Segunda Guerra Mundial. Houve tentativa de resistência por parte dos generais japoneses, inicialmente, pela suspeita de não se tratar realmente de uma bomba nuclear, mas, estes foram convencidos pelo próprio imperador Hiróito a se renderem. Em 15 de agosto de 1945 ecoavam-se nas ondas de rádio do Japão a notícia de que o país havia se rendido incondicionalmente. Em 02 de setembro a suposta paz foi assinada na Baía Tóquio. É chegada ao fim a Segunda Guerra Mundial, com um saldo de 50 milhões de mortos, distribuídos em seis anos de confrontos. Com isso, a bomba atômica representou o maior capítulo de uma série de episódios desumanos provocados pela Segunda Guerra Mundial.


  A bomba atômica foi resultado de três anos de pesquisa, o que consumiu 02 bilhões de dólares e concentrou uma força de explosão equivalente a 67 milhões de bananas de dinamite, com um peso superior a 04 toneladas, que inicialmente foi projetada para ser usada contra a Alemanha Nazista, mas, que acabou tendo como alvo o Japão. O funcionamento da bomba atômica parte do princípio da fissão nuclear, onde um explosivo nuclear de Urânio 235 enriquecido atinge outro explosivo, também de Urânio 235 ocasionando a quebra do núcleo do átomo, liberando uma enorme quantidade de energia. Na fissão, um nêutron de um átomo de urânio atinge o núcleo de outro átomo, dividindo-o em dois e liberando mais nêutrons, que segue dividindo novos núcleos, numa reação em cadeia que gera grande quantidade de energia e calor. A explosão provoca uma chuva de nêutrons, raios gama e partículas radioativas, que desorganizam as células dos seres vivos. A radioatividade contamina a água e o ar, que com ondas de choque e calor, destroem tudo. Os explosivos nucleares se concentram nas extremidades da bomba e necessitam de um dispositivo a base de pólvora, para produzir a compactação dos blocos de urânio, fazendo com que atinjam a massa crítica necessária para a explosão, o que dá início a uma reação nuclear. No caso de Hiroshima, os dispositivos foram três plugues de armação, que fizeram com que o circuito de fusão deflagrasse a arma e a forçasse a detonar, depois de decorridos 43 segundos de queda livre da bomba. Os gatilhos barométricos começaram a ativar o mecanismo, disparando uma bala de urânio que penetrou o alvo também de urânio e deu inicio a uma reação nuclear em cadeia. A matéria sólida começou a se desfazer, liberando uma quantidade enorme de energia. A bomba destrói em estágios, provocando um enorme clarão vindo de uma bola de fogo com aproximadamente 300m de raio. Em Hiroshima, no ponto da explosão, a temperatura chegou a 4000° C. Escadas, ferrovias e até pessoas, deixaram apenas suas silhuetas impregnadas em pedra e metal. Qualquer pessoa que estivesse ao ar livre se evaporava ou virava carvão em instantes. A luz emitida enviava radiações infravermelhas e raios gama, que penetravam as paredes e atavam as células do corpo humano. Uma onda potente se moveu à velocidade do som, reduzindo a cacos tudo o que estivesse ao seu alcance.

 Fonte: Discovery Channel – BBC, engenhariae.com.br

24 de março de 2013

Bomba H: Alta Tecnologia ou Fim dos Tempos?



  Funcionamento

 Seu funcionamento baseia-se em reações nucleares de fusão, isto é, dois átomos de hidrogênio se chocam com bastante energia e fusionam, transformando-se num átomo mais pesado. Na realidade não se trata de hidrogênio normal mas hidrogênio pesado (deuterio). Nesta fusão há liberação de uma quantidade substancial de energia. A fusão dos átomos de hidrogênio é o meio pelo qual o Sol e as estrelas produzem seu enorme calor. O hidrogênio no interior do Sol está comprimido de tal modo que pesa mais do que chumbo sólido.

A temperatura desse hidrogênio alcança elevados índices – cerca de 15 milhões de graus centígrados – no núcleo do Sol. Nessas condições, os átomos de hidrogênio movem-se de um lado para outro e chocam-se uns com os outros violentamente. Alguns dos átomos fundem-se para formar átomos de hélio, um elemento mais pesado que o hidrogênio. Essa reação termonuclear, ou fusão,desprende energia sob a forma de calor. A explosão de uma bomba atômica reproduz, por um instante fugidio, as condições de temperatura e pressão existentes dentro do Sol. Mas o hidrogênio leve comum (H¹) reagiria devagar demais, mesmo sob essas condições, para ser utilizável como explosivo. Então os cientistas tem de usar isótopos mais pesados de hidrogênio. Esses isótopos reagem mais prontamente do que o hidrogênio leve. Os cientistas conhecem dois isótopos pesados de hidrogênio: o deutério (H²), e o trício (H³), um isótopo tornado radioativo artificialmente.

  Fases
 A bomba de hidrogênio funciona em fases. Primeiramente uma bomba atômica explode, agindo como detonador. Ela fornece o calor e a pressão necessários à fusão. Em seguida, uma mistura de deutério e trício se funde, em uma reação termonuclear. Isso libera rapidamente grandes quantidades de energia, provocando uma explosão tremendamente poderosa. Nem todas as bombas de hidrogênio produzem grandes quantidades de precipitação radioativa. O processo da fusão propriamente dita não forma produtos altamente radioativos, tal como na fissão. As armas inventadas nos últimos anos produzem muito menos precipitação do que as bombas de hidrogênio primitivas. Essas armas mais novas chamadas bombas “limpas”, tiram da fissão somente uma pequena parte de sua energia. Quase toda energia provém da fusão. Já as bombas atômicas tiram toda sua energia da fissão. Elas produzem grandes doses de precipitação quando são detonadas perto da superfície da terra.

O primeiro teste 

 Em 1961 em nova Zelândia foi testada a primeira bomba H do mundo,vários padrões de segurança foram tomadas, Bomba foi levada ao campo de teste por um avião bombardeiro Tu-95 especialmente modificado, que levantou voo de uma base aérea na península de Kola, pilotado pelo Major Andrei E. Durnotsev. O bombardeiro foi acompanhado de um avião de observação Tu-16, que coletou amostras do ar e filmou o teste. Ambos os aviões foram pintados com uma tinta reflexiva especial de cor branca para limitar os danos causados pelo calor gerado pelo teste. A bomba de 27 toneladas era tão grande (8 metros de comprimento por 2 metros de diâmetro) que as portas de lançamento e os tanques de combustível das asas do Tu-95 tiveram de ser removidos. Ela foi presa a um pára-quedas de retardo de queda que pesava mais de 800 quilos, o que dava a ambos os aviões a possibilidade de voar para pelo menos 45 km de distância do ponto zero de detonação. Se houvesse uma falha nesse retardo, a bomba ou teria atingido a sua altitude de detonação mais rápido do que o previsto tornando o teste uma missão suicida para os aviões, ou atingiria o solo a uma velocidade alta demais com resultados imprevisíveis. Os EUA também equiparam algumas de suas bombas com pára-quedas de retardo pelas mesmas razões. A Tsar Bomba foi detonada às 11h32, sobre o campo de testes na Baía de Mityushikha, ao norte do Círculo polar ártico na ilha de Nova Zembla. Ela foi lançada de uma altitude de 10 500 metros, e programada para detonar a 4000 metros acima da superfície terrestre (4200 metros acima do nível do mar) por sensores barométricos. Os Estados Unidos estimaram na época que a potência gerada pela bomba era de 57 Mt, mas desde 1991 todas as fontes Russas atestam que era de “apenas” 50 Mt. Khrushchev chegou a avisar durante um discurso (gravado em vídeo) o Parlamento Comunista sobre a existência da bomba de 100 megatons. A bola de fogo gerada pela explosão tocou o solo e quase alcançou a mesma altitude do avião bombardeiro, podendo ser vista a mais de 1.000 km de distância. O calor gerado poderia causar queimadura de 3º Grau em uma pessoa que estivesse a 100 km de distância. A nuvem em forma de cogumelo que se seguiu chegou a 60 km de altura e algo em torno de 35 km de largura. A explosão pôde ser vista e também sentida na Finlândia, tendo até mesmo quebrado algumas janelas por lá. O deslocamento de ar causou danos diretos até a 1.000 km de distância. Estima-se que se a bomba original fosse usada o estrago seria aproximadamente de 2.000 km² . A pressão da explosão abaixo do ponto de detonação foi de 300 PSI, seis vezes a pressão de pico experimentada em Hiroshima. Um participante no teste viu um flash brilhante através dos óculos escuros de proteção e sentiu os efeitos de um pulso térmico mesmo a uma distância de 270 quilômetros. Já que 50 Mt é igual a 2,1×1017 joules, a média de força gerada durante todo o processo fissão-fusão (que durou cerca de 3,9×10−8segundos ou 39 nanosegundos) seria estimada em 5,3×1024 watts ou 5,3 YottaWatts. Isso é o equivalente aproximado de 1% da energia que o Sol libera durante a mesma fração de segundo. A maior arma construída pelos EUA, agora desativada (B41), tinha uma força máxima estimada de 25 Mt, sendo que a maior bomba nuclear já testada pelos EUA (Castle Bravo) gerou 15 Mt.

 Fonte: Sigma, engenharie.com.br

8 de março de 2013

Bactérias resistentes ameaçam saúde pública nos EUA


Washington - Uma cepa mortal de bactérias altamente resistentes está se espalhando por centros de saúde dos Estados Unidos, o que representa um risco especial para os pacientes mais vulneráveis do país, afirmaram autoridades sanitárias federais em um relatório publicado esta terça-feira. Funcionários de saúde disseram que a bactéria demonstrou ser muito resistente a tratamentos com antibióticos, fazendo com que algumas infecções sejam impossíveis de curar. Pelo menos a metade dos pacientes infectados com estas bactérias em seu fluxo sanguíneo morre, afirmaram os especialistas.

 O informe sobre estas bactérias letais - denominadas Enterobactérias Resistentes aos Carbapenêmicos (ERC) - foi emitido pela Vital Signs, publicação da agência federal dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês). "As ERC são bactérias pesadelo. Nossos antibióticos mais fortes não funcionam e os pacientes terminam com infecções potencialmente intratáveis", disse o diretor dos CDC, Tom Frieden. As Enterobactérias pertencem a uma família de mais de 70 bactérias, entre elas a E. coli, que normalmente vive no sistema digestivo. Algumas das bactérias se tornaram resistentes ao longo dos anos aos antibióticos conhecidos como carbapenêmicos, considerados o remédio de último recurso contra bactérias. As autoridades informaram que a bactéria às vezes é transmitida pelos próprios funcionários de saúde, causando infecções potencialmente mortais em pacientes doentes e inclusive em pessoas saudáveis.

 O maior risco é entre os hospitalizados, que recebem tratamentos médicos de longo prazo ou estão internados em abrigos para idosos, assim como doentes graves. Segundo a Vital Signs, cerca de 200 hospitais e centros de cuidados de doentes agudos trataram pelo menos um paciente infectado com este tipo de bactéria no primeiro semestre do ano passado. Estas bactérias são altamente contagiosas: na última década, os CDC identificaram um tipo de CRE de um único centro de saúde em serviços médicos em pelo menos 42 estados. Funcionários da saúde disseram que outras recomendações para impedir a transmissão da bactéria incluem um uso mais cuidadoso de antibióticos e a criação de salas, pessoal e equipe especializada destinada exclusivamente a pacientes com ERC.

 Fonte: Abril.ciência

Carbono promete mudar teoria sobre origem da vida na Terra


Toronto - Uma equipe internacional de cientistas divulgou nesta segunda-feira (4) os primeiros resultados de um amplo programa de pesquisa de 10 anos sobre o carbono que pode mudar teorias atuais sobre a origem da vida na Terra ou a busca de soluções para a mudança climática. A iniciativa, conhecida como Deep Carbon Observatory (DCO), completa três anos de trabalhos com a publicação hoje de um volume de 700 páginas que contém as principais descobertas, assim como as novas incógnitas geradas pelo trabalho de cerca de mil cientistas de 40 países. O diretor-executivo do DCO e cientista da Instituição Carnegie, o Robert Hazen, disse à Agência Efe durante uma visita a Toronto que um dos principais objetivos do programa, que tem um orçamento de US$ 500 milhões, é saber com exatidão quanto carbono está armazenado nas profundezas da Terra e onde. "

Estamos interessados em saber quanto carbono há, onde está, como se movimenta de uma parte a outra do planeta, quais são suas formas, estamos muito interessados no fenômeno da vida microbial em grandes profundidades e como afeta o ciclo do carbono", declarou Hazen. "É realmente um esforço para entender o carbono em escala global, da superfície ao centro da Terra, não só o ciclo do carbono mais superficial e do qual a maioria das pessoas fala, mas um ciclo mais profundo que representa 90%, ou mais, do carbono em nosso planeta", acrescentou. Hazen explicou que o carbono é "o elemento químico mais importante" no ser humano e no planeta.

"É o elemento da vida, o que deu origem à vida. É um dos aspectos que estamos tentando entender, de onde veio a vida", acrescentou. Algumas das descobertas mais fascinantes que hoje foram reveladas pelo DCO são precisamente as que dizem respeito à relação entre a vida e o carbono. As conclusões dos três primeiros anos do programa e detalhes dos próximos sete anos de atuações estão sendo discutidos em uma conferência internacional que acontece até amanhã na Academia Nacional de Ciências em Washington. Por exemplo, a de que há 4 bilhões de anos os processos biológicos produzidos por micróbios começaram a alterar a mineralogia da Terra, criando minerais que nunca tinham existido no planeta. Ou que os cientistas estão encontrando vírus em grandes profundidades no interior da Terra e que atuam de forma diferente dos vírus da superfície: seu material genético é transferido de forma passiva no genoma de micróbios e pode viver nele durante anos antes de se manifestar.

 Segundo um dos pesquisadores, John Baross, da Universidade de Washington, "a profundidade debaixo da superfície pode ter atuado como um laboratório natural da origem da vida no qual múltiplos ´experimentos´ podem ter sido produzidos em dupla". Relacionado com este achado é o chamado processo de "serpentinização", que está originando uma teoria alternativa sobre a origem da vida na Terra. Neste processo, a rocha basáltica que é expelida por vulcões subterrâneos reage quimicamente com a água de mar, o que produz hidrogênio e o mineral "serpentine". Segundo os cientistas do DCO, o hidrogênio gerado por este processo pode ter sido o alimento que permitiu a aparição dos primeiros micróbios na Terra. Mas não na superfície do planeta, e sim em grandes profundidades. De fato, como afirma Haze, "em qualquer lugar do mundo, se você perfura a vários quilômetros, encontrará vida em forma de micróbios". A variedade de vida bacteriana que se encontra em grandes profundidades e com pressões extremas constitui um autêntico "Galápagos das profundezas", segundo o DCO. O mais fascinante é que a vida em grandes profundidades exibe características incríveis.

 Steven D´Hondt, da Universidade de Rhode Island, afirmou que esses micróbios "levam pelo menos centenas de milhares de anos para se reproduzir, e é concebível que vivam sem se dividir durante dezenas de milhões de anos". "São zumbis microbiais" acrescentou. Segundo Hazen, "embora seja debatível, há alguns cientistas que asseguram que há micróbios que têm centenas de milhões de anos, que estiveram vivendo em um estado estático, sem se dividir, em pequenos buracos nas rochas, e quando são expostos a um ambiente mais dinâmico, começam a se dividir". "É realmente extraordinário. Porque se a vida pode se manter passiva durante grandes períodos de tempo é mais provável que quando grandes impactos lançam meteoritos de um planeta a outro, é possível que os micróbios possam se transferir de um planeta a outro" disse. "Isso pode ser uma forma de movimentar vida de um planeta a outro", declarou.

 Fonte: Abril.ciências