22 de setembro de 2011

Asteroide que matou dinossauros é mistério




Não foi dessa vez que a Nasa desvendou um dos (muitos) grandes mistérios que cercam a evolução do nosso planeta: a origem do asteroide que extinguiu os dinossauros.
Após dois anos vasculhando o céu em infravermelho, o telescópio Wise forneceu evidências o bastante para refutar a tese de que o corpo teria vindo de uma família de asteroides chamada  Baptistina.
A teoria surgiu em 2007, após observações com luz visível feitas de telescópios na Terra indicarem esse grupo como responsável pelo choque. Com a negativa fornecida pelos novos dados, permanece a dúvida: de onde veio o asteroide e por que nos atingiu?


Impacto profundo


Existe um consenso entre os cientistas de que, há cerca de 65 milhões de anos, um asteroide de 10 km de diâmetro atingiu a Terra na região do Golfo do México. Com o impacto, e suas consequências, os dinossauros e diversas outras espécies foram extintas.
Em 2007, uma teoria parecia explicar de onde veio o corpo. Ela dizia que, a cerca de 160 milhões de anos, um grande asteroide chamado Baptistina colidiu com outro corpo no cinturão principal entre Marte e Júpiter. A colisão espalhou pedaços enormes – e um deles teria caído na Terra.
Essa hipótese era baseada em observações com luz visível, que analisavam o quanto era refletido pelos asteroides da família Baptistina remanescentes no cinturão. A partir do reflexo, é possível estimar o tamanho do corpo. O problema é que, sem saber qual é a taxa de reflexão da superfície do asteroide, é muito fácil errar a conta...
Com o Wise, os pesquisadores puderam observar os corpos em infravermelho, que emana do próprio asteroide e permite estimativas de tamanho e temperatura mais precisas.  Ao medir 1056 membros da família Baptistina, os pesquisadores descobriram, por exemplo, que o asteroide principal se quebrou a 80 milhões de anos – metade do que antes se supunha.
Ao continuar os cálculos, ficou claro que não existiam chances de um pedaço dessa colisão ter caído na Terra no tempo estimado – o que significa a derrubada de uma teoria, e a necessidade de se criar uma nova.

Fonte: Abril

Tufão no Japão segue para Fukushima



O Tufão Rocke atingiu o centro do Japão, provocando rajadas de vento, chuva e enchentes que causaram a morte de quatro pessoas.
A agência meteorológica japonesa informou hoje (21) que as áreas mais atingidas são as de Hamamatsu, Omaezaki e Shizuoka, mas que o tufão se dirige para a região de Fukushima – onde há seis meses houve o terremoto seguido por tsunami e os acidentes nucleares.
Há temores que a chuva leve água radioativa, decorrente de vazamentos da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, para o mar. Cerca de 1 milhão de pessoas tiveram de deixar suas casas em março, quando houve os acidentes nucleares, e 330 mil pessoas permanecem em áreas de risco.
De acordo com as autoridades japonesas, os ventos provocados pelo tufão têm velocidade média de 160 quilômetros por hora. Ontem (20), houve o alerta para que cerca de 400 mil pessoas deixassem suas casas. Não era obrigatório, mas recomendável, disseram os especialistas.
No começo deste mês, o Japão foi atingido pelo Tufão Talas, que deixou mais de 100 mortos e desaparecidos na Região Oeste. Pelo menos 4.500 pessoas perderam suas casas, ficaram sem abastecimento de energia e água.

Fonte: Abril

Por que bocejamos? Para esfriar o cérebro



Novo estudo mostra que bocejamos mais no inverno
 
 
 Da próxima vez que você bocejar em uma reunião, tente explicar ao seu chefe que não se trata de tédio ou cansaço, mas sim uma forma de esfriar a cabeça – literalmente.
Segundo uma nova pesquisa realizada com 160 pessoas pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, o bocejo também funciona como um mecanismo que resfria o cérebro – e acontece mais vezes no inverno do que no verão.
O estudo, liderado pelo pesquisador Andrew Gallup, é o primeiro envolvendo humanos que mostra como a frequência dos bocejos varia com as estações do ano. A conclusão, publicada na Frontiers in Evolutionary Neuroscience, é a de que as pessoas tem menor probabilidade de bocejar quando a temperatura ambiente é maior ou igual à do corpo. Ou seja: você deve bocejar mais em ambientes frios.
Por que bocejamos?
Ninguém sabe ao certo para que serve o bocejo – e é provável que ele esteja ligado a mais de uma função do corpo e possua mais de uma causa.
Uma das hipóteses há tempos considerada pelos pesquisadores é a de que ele seria termorregulador, ou seja, teriam alguma função controlando a temperatura do corpo. O ato seria disparado por um aumento da temperatura do cérebro, e o efeito “refrescante” viria do aumento de fluxo sanguíneo na região (causada pelo alongamento da mandíbula) e pela entrada de ar mais frio no corpo (causada pela inalação).
Estudos anteriores já haviam mostrado que a temperatura do cérebro de ratos cai após o bocejo, mas nunca uma pesquisa em humanos havia sido feita para avaliar se o ato está ligado à temperatura ambiente.
Para isso, os pesquisadores documentaram a frequência de bocejos de 160 pessoas – 80 no inverno e 80 no verão. Eles selecionaram os participantes aleatoriamente, na rua, e, como bocejar é contagioso, mostraram a eles imagens de pessoas bocejando.
O resultado indica que a porcentagem de pessoas que bocejam no inverno é muito maior do que no verão. O resultado está de acordo com a teoria da termo regulação: a temperatura do ambiente daria ao bocejo sua utilidade. Se está quente demais, é inútil bocejar, porque o ar inalado não poderá resfriar o corpo.
Outro dado constatado é que o bocejo está ligado ao tempo que as pessoas passam em ambientes abertos. Por exemplo, no verão, 40% dos bocejos ocorriam nos primeiros 5 minutos fora de um local fechado. Já o contrário acontece no inverno: a proporção de bocejos aumenta após cinco minutos ao ar livre.
Os resultados obtidos ajudam os cientistas a entender a função do bocejo, indicando que se trata mesmo de uma função reguladora de temperatura, mas ainda não explicam a parte mais intrigante do ato: por que bocejar é tão contagioso? Afinal, você com certeza bocejou algumas vezes lendo está nota... não?

Fonte: Abril

Telescópio estuda buraco negro na Via Láctea



O GX 339-4 está cercado por um disco de material (em vermelho) sendo puxado de uma estrela vizinha (amarela)
São Paulo- Pesquisadores começam a desvendar alguns dos mistérios que envolvem a formação dos buracos negros ao estudar um corpo a cerca de 20 mil anos-luz da Terra.
O GX 339-4 está próximo do centro da Via Láctea e possui pelo menos seis vezes a massa do Sol e um campo magnético 30 mil vezes mais forte que o da Terra.
Como todo buraco-negro, ele possui matéria tão densa, e tanta gravidade, que nem mesmo a luz escapa de seus arredores. No caso, este corpo é orbitado por uma estrela companheira que o alimenta, fornecendo material que é em parte absorvido e, em parte, liberado em potentes jatos eliminados com quase a velocidade da luz.
Esses jatos revelam muito sobre o ambiente extremo dos buracos negros, e foi justamente para estuda-los que os astrônomos utilizaram o Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE), telescópio da Nasa que tira fotos do céu em infravermelho a cada 11 segundos.
Embora os pesquisadores já meçam raios-X, raios gama e ondas de rádio, o infravermelho permite dar um zoom exatamente na base dos jatos. A equipe liderada por Poshak Gandhi, da Agência Espacial Japonesa, conseguiu as melhores imagens e informações sobre esse ambiente já obtidas, e descobriu que esses jatos são extremamente inconstantes, com uma base de cerca de 24 mil km que pode variar até dez vezes.
Com os dados coletados, foi possível criar uma ilustração de como seria o comportamento do buraco negro.

Fonte: Abril

Sistema Solar pode ter perdido um planeta




São Paulo - O Sistema Solar pode ter perdido um planeta durante a sua formação. Não estamos falando de Plutão, o corpo rebaixado à categoria de planeta-anão, mas sim de um gigante gasoso que teria sido expelido para fora do sistema.
A hipótese foi levantada pelo pesquisador David Nesvorny, do  Southwest Research Institute, nos Estados Unidos, ao realizar simulações sobre a formação do nosso sistema.
Ele e sua equipe realizaram uma série de análises de computador para tentar entender melhor como o Sol e os planetas se organizaram da maneira como são hoje. Embora as órbitas atuais pareçam ordenadas e constantes, durante bilhões de anos os planetas puxaram uns aos outros com sua gravidade antes de se “ajeitarem” na atual configuração.
O programa estabelece alguns parâmetros e parte de pressupostos conhecidos (como a massa) para realizar as simulações. O resultado é que as chances de o Sistema Solar ter se formado, exatamente da maneira como é hoje, são muito pequenas – mas quando se insere um novo planeta, um quinto “gigante gasoso”, essas chances aumentam muito.
Atualmente, possuímos quatro desses planetas gasosos no sistema – Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Se houvesse um quinto elemento durante a formação, com massa entre Urano e Netuno, seria dez vezes mais fácil que o Sistema Solar tivesse adquirido sua forma atual.
Uma das hipóteses para o destino desse planeta é que ele teria sido capturado pelo campo gravitacional de Júpiter e, depois, “arremessado” para fora do sistema. Pode parecer uma ideia absurda, mas já existem muitas evidencias de que planetas órfãos são muito abundantes no espaço- talvez mais que os orbitando estrelas.
A pesquisa, publicada no arXiv.org, analisa apenas uma questão numérica. Afinal, os pesquisadores conseguiram simular nosso sistema solar sem o 5º planeta gasoso – embora a probabilidade de nossa existência sem ele seja muito baixa.

Fonte: Abril

21 de setembro de 2011

Você sabia?


Você sabia que relâmpagos matam mais do que vulcões, furacões e terremotos?

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Inpe informa que houve aumento em 35% no número de raios na região sudeste do país em 2008 em relação ao mesmo período de 2007.
No ano passado, das 46 mortes registradas por raios no Brasil, 17 aconteceram em São Paulo. O número de mortes preocupa os especialistas, que prevêem que se esse rítmo continuar, 2008 pode fechar como um dos anos com mais vítimas de raios nesta década no Brasil.                                                                                                                                                           Um raio é uma descarga elétrica que se produz entre o contato de nuvens de chuva ou entre uma destas nuvens e a terra. A descarga é visível a olho nu, com trajetórias sinuosas e de ramificações irregulares às vezes com muitos quilômetros de distância até o solo. Esse fenômeno é conhecido como relâmpago.
O Brasil é o país no qual mais se registra o acontecimento de raios em todo o mundo. Por ano, cerca de 60 milhões de raios atingem o território brasileiro, estima o Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. É o dobro da incidência nos Estados Unidos, por exemplo. Cada descarga representa um prejuízo de R$ 10 para o setor de energia.                                                                             Ao todo, os raios causam um prejuízo de US$ 1 bilhão anual à economia do Brasil, apurou o Elat. O setor elétrico é o que acumula mais perdas, com cerca de R$ 600 milhões por ano. Depois seguem os serviços de telecomunicações, com prejuízo de cerca de R$ 100 milhões por ano. Também são atingidos os setores de seguro, eletroeletrônicos, construção civil, aviação, agricultura e até pecuária.
Uma explicação para essa grande quantidade de raios deve-se ao tamanho do território, condições climáticas e a ausência de grandes elevações no seu relevo.                                                                              De uma maneira geral as descargas fazem-se pelo caminho mais curto entre o ponto de carga eléctrica negativa na base da nuvem e o ponto de carga positiva no solo. Assim, os pontos mais altos e de melhor condutividade são os mais afectados pelos raios.
Mesmo que uma descarga não incida diretamente sobre uma pessoa, ela pode afetá-la através de correntes propagando-se no solo ou em estruturas condutoras. Chama-se de tensão de toque um choque devido a pessoa encostar em um elemento condutor, no qual esteja conduzindo uma corrente devido ao raio. A tensão de passo é a corrente que propaga-se no solo, atravessando as pernas do indivíduo. Usualmente, quanto maior o afastamento dos pés, maior será a diferença de potencial.                                                                                Algumas regras podem ser seguidas para minimizar o riscos:

Se estiver fora de casa:

- Evite ser o ponto mais alto da sua zona;
- Evite campos abertos;
- Não se aproxime dos pontos mais altos;
- Afaste-se de bons condutores de electricidade: postes, antenas, etc.
- Em uma situação crítica, abaixar-se, mas sem sentar no solo, mantendo-se encolhido e com os pés juntos.

Se estiver em casa (a melhor escolha):

- Afaste-se de bons condutores de electricidade: canalizações, telefone, etc;
- Não tome banho (Lembre-se que apesar da água pura (H2O) ser um péssimo condutor de electricidade, a água com que lidamos todos os dias contém sais dissolvidos que a tornam condutora de electricidade. É por este fato, por exemplo, que não se recomenda operar equipamentos eléctricos com as mão molhadas);
- Evite usar electrodomésticos;
- Desligue o telefone (se a trovoada for intensa desligue a energia no quadro geral);
- Desligue pontos de antenas convencionais ou parabólicas;
- Proteja-se no centro de uma divisão no centro da casa. Os raios atingem freqüentemente as chaminés.
- Se vive numa zona onde as tempestades são freqüentes contrate a instalação de um pára-raios por um técnico especializado.

Fontes: UOL / Wikipédia / O Globo

Você sabia?

Você sabia que se enfileirássemos os blocos de granito das três mais famosas pirâmides do Egito, eles dariam a volta ao mundo?

Das sete maravilhas do mundo antigo, as oitenta pirâmides são as únicas sobreviventes. Foram construídas por volta de 2690 a.C., a 10 km do Cairo, capital do Egito.
Ao ouvirmos a palavra pirâmide, logo nos vem à mente a imagem das três enormes construções localizadas no planalto de Gizé, as quais formam, provavelmente, o mais decantado grupo de monumentos em todo o mundo. Entretanto, os arqueólogos já encontraram mais de 80 pirâmides espalhadas por todo o Egito.                                                                                                                             Qual era sua finalidade e, principalmente, como foram construídas, são duas das mais intrigantes perguntas de toda a história da humanidade e que, talvez, nunca venham a ser respondidas ou, por outro lado, talvez venham a ter centenas de respostas conflitantes, conforme o ponto de vista de cada um de nós.
As três mais célebres pirâmides de Gizéh (Quéops, Quéfren e Miquerinos) ocupam uma área de 129.000 m2. A maior delas (Queóps) foi construída pelo mais rico dos faraós, e empregou cem mil operários durante 20 anos. Se enfileirássemos os blocos de granito das três pirâmides, eles dariam a volta ao mundo.
Curiosidades sobre as Pirâmides

Estas três majestosas pirâmides foram construídas como tumbas dos reis Kufu (ou Quéops), Quéfren, e Menkaure (ou Miquerinos) - pai, filho e neto.
A maior delas, com 147 m de altura (49 andares), é chamada Grande Pirâmide, e foi construída cerca de 2550 a.C. para Kufu, no auge do antigo reinado do Egito.
As pirâmides de Gizéh são um dos monumentos mais famosos do mundo.
Como todas as pirâmides, cada uma faz parte de um importante complexo que compreende um templo, uma rampa, um templo funerário e as pirâmides menores das rainhas, todo cercado de túmulos (mastabas) dos sacerdotes e pessoas do governo, uma autêntica cidade para os mortos.                                                                                                                        As valas aos pés das pirâmides continham botes desmontados: parte integral da vida no Nilo sendo considerados fundamentais na vida após a morte, porque os egípcios acreditavam que o defunto-rei navegaria pelo céu junto ao Rei-Sol.
Apesar das complicadas medidas de segurança, como sistemas de bloqueio com pedregulhos e grades de granito, todas as pirâmides do Antigo Império foram profanadas e roubadas possivelmente antes de 2000 a.C.
Existem hoje no Egito 80 pirâmides; A Grande Pirâmide, de 147 m de altura, é a maior de todas.                                                                                                                        Se a Grande Pirâmide estivesse na cidade de Nova Iorque por exemplo, ela poderia cobrir sete quarteirões.
Todos os quatro lados são praticamente do mesmo comprimento, com uma exatidão não existente apenas por alguns centímetros. Isso mostra como os antigos egípcios estavam avançados na matemática e na engenharia, numa época em que muitos povos do mundo ainda eram caçadores e andarilhos.
A Grande Pirâmide manteve-se como a mais alta estrutura feita pelo homem até a construção da Torre Eiffel em 1900, 4.500 anos depois da construção da pirâmide.                                                                       Para os egípcios, a pirâmide representava os raios do Sol, brilhando em direção à Terra. Todas as pirâmides do Egito foram construídas na margem oeste do Nilo, na direção do sol poente.
Os egípcios acreditavam que, enterrando seu rei numa pirâmide, ele se elevaria e se juntaria ao sol, tomando o seu lugar de direito com os deuses.
A construção da pirâmide foi feita com pedras justapostas, ou seja “encaixadas”, sem auxílio de cimento ou qualquer material colante, e alguns blocos estão tão bem unidos que não é possível passar entre eles uma folha de papel, até mesmo uma agulha.                                                                                                                                                          
Não foram encontrados registros pictóricos ou textuais que expliquem como as pirâmides foram planejadas e construídas. O estudo detalhado dos monumentos e o conhecimento crescente dos meios disponíveis na época tornaram possível determinar muitos detalhes construtivos. Várias questões, entretanto, continuam sem solução e, nesses casos, as respostas sugeridas baseiam-se apenas na crença de que através dos meios propostos poderiam ser atingidos os resultados que são observados hoje em dia. Além da visão clássica do problema, várias tentativas de explicações alternativas têm surgido ao longo dos tempos.
Existe um provérbio árabe que faz referência às Pirâmides: “O tempo ri para todas as coisas, mas as pirâmides riem do tempo”.
Fontes: Você Sabia / Geocities

20 de setembro de 2011

Saiba o que é uma Tempestade Solar

Saiba o que é uma Tempestade Solar

Uma corrente de vento solar atingiu a Terra durante a última sexta-feira (24/10) e estendeu seus efeitos sobre o planeta durante todo o final de semana, confirmando previsões anteriores da Noaa (agência de oceanografia e meteorologia dos EUA).
O telescópio Soho, da Nasa (agência espacial dos EUA), captou três fortes erupções na superfície solar nas 24 horas que antecederam o fenômeno.
Essas tempestades magnéticas podem afetar redes de transmissão elétrica, comunicação entre satélites e telefones celulares e sistemas de navegação eletrônica, como o GPS (Sistema de Posicionamento Global).                                                                                                            
Os cientistas da Noaa não detectaram sobre o planeta nenhum efeito negativo da erupção, mas eles prevêem novas erupções solares nos próximos dias.
Para prever essas tempestades magnéticas, os cientistas observam o comportamento da superfície do Sol e procuram por verdadeiras "labaredas" --as erupções solares. Algum tempo depois da liberação de energia, quando as cargas de íons se aproximam da Terra, é possível captar ondas eletromagnéticas mais intensas.                           
O sistema que mede a atividade solar é semelhante ao dos terremotos: as erupções são medidas em uma escala de um a cinco. A tempestade magnética deste final de semana alcançou o grau G-3, o que era previsto pela Noaa.
Apesar de representar um risco para as telecomunicações da Terra, o vento solar torna mais intenso o espetáculo visual das auroras polares, que podem ser vistas nos céus nas regiões dos pólos.                                                                                                         
Explicação do fenômeno

As radiações cósmicas ocorrem quando a atividade solar está no máximo, o que provoca as chamadas tempestades solares. Esse fenômeno é raro, ocorrendo em média a cada onze anos. Já o fenômeno das bolhas inonosféricas, acontece com o pôr do sol, no dia-a-dia, variando sazonalmente, ou seja, de acordo com a posição da Terra em relação ao movimento de translação referente ao Sol.
A Terra recebe radiação cósmica de diferentes energias, vindas do espaço interplanetário e galáctico, porém um tipo de radiação cósmica de baixa energia - elétrons, prótons e íons, com energia igual ou menor a 1 Gigaeletronvolt (GeV), chega do Sol pelas chamadas tempestades solares.                                                                                                                        
Estas tempestades consistem em erupções na superfície solar que liberam matéria acumulada (as manchas solares) no campo magnético solar. A matéria liberada nessas tempestades é o plasma quente, que são prótons e elétrons e íons, que não formaram nenhum átomo neutro e constituem, basicamente, gás eletrificado.
Essas partículas liberadas, ao se aproximarem da Terra, sofrem influência do campo magnético terrestre uma região grande que circunda a Terra, no qual o vento solar é acelerado. O campo magnético terrestre não se estende indefinidamente, mas é limitado a uma cavidade no interior do sistema solar chamada magnetosfera ou invólucro magnético.
Essas partículas, de acordo com a energia de chegada, são aprisionadas nas linhas de campo magnético da Terra, fazendo três movimentos. O primeiro, de giro em torno da linha de campo magnético; o segundo, de vai e vem (bounce) entre os pólos e o terceiro, de deslocamento azimutal (que é o ângulo formado a partir de uma direção fixa no terreno) em torno da Terra. Essas condições entre velocidade ou energia de chegada e o valor do campo magnético encontrado, possibilita a essa radiação solar, com os três movimentos descritos, configurar os chamados cinturões de radiação da Terra.Quando o Sol apresenta um número grande de erupções solares (solar flares), parte dessas radiações são ejetadas ao espaço (Coronal Mass Ejection - CME), atingindo a Terra. Os cinturões de radiação se enchem e transbordam, através de injeção de plasma para a magnetosfera terrestre, ionizando em demasia as regiões mais baixas da atmosfera como a ionosfera e mesosfera (camadas intermediárias da atmosfera).


Consequências

Essa ionização traz diversas conseqüências para a Terra principalmente nas telecomunicações e mudanças climáticas.
Os efeitos das tempestades solares nos modernos sistemas de telecomunicações, se dão pelas interferências nas ondas eletromagnéticas, podendo inclusive prejudicar materiais como circuitos integrados, computadores de bordo, satélites, foguetes e balões estratosféricos.                                                                                                                 
A tempestade solar ocorrida em 1989, por exemplo, atingiu o Canadá deixando quase seis milhões de canadenses sem energia elétrica. Onze anos depois, em 2000, o satélite brasileiro Brasilsat sofreu interrupções em seu funcionamento devido a uma forte tempestade solar. O fluxo magnético vindo do sol pode provocar fortes ondas de descarga elétrica nos cabos de transmissão de força, causando curto-circuitos e queimando equipamentos.


Curiosidades

• A cada 11 anos, o sol entra em um turbulento ciclo, representando a época mais propícia para que o planeta sofra uma tempestade solar.

• O próximo máximo solar ocorrerá no ano 2011.

• Uma potente tempestade solar é capaz de paralisar por completo a rede elétrica das grandes cidades, uma situação que poderia durar semanas, meses e até anos.

• A cidade de Nova York possui a rede elétrica mais vulnerável da costa leste dos Estados Unidos.

• As tempestades solares podem causar interferências nos sinais de rádio, afetar os sistemas de navegação aéreos, danificar as linhas telefônicas e inutilizar satélites por completo.

• Em março de 1989, a cidade de Quebec, no Canadá, foi atingida por uma forte tempestade solar. Seis milhões de pessoas foram afetadas por um grande apagão, que durou 90 segundos. A rede elétrica de Montreal ficou paralisada durante mais de nove horas. Os danos que o apagão provocou, junto com as perdas provocadas pela falta de energia, chegaram a centenas de milhões de dólares.

• Em setembro de 1859, uma intensa tempestade solar afetou a maior parte do planeta. As linhas telegráficas dos Estados Unidos e do Reino Unido ficaram inutilizadas e provocaram vários incêndios. Além disso, uma impressionante aurora boreal, fenômeno que normalmente só pode ser observado nas regiões árticas, pôde ser visto em lugares tão distantes quanto Roma e Havaí.

• Há 144 anos, ocorreu a pior tempestade solar de que se teve notícia. Na época, seus efeitos foram imperceptíveis pois não existiam equipamentos que dependessem diretamente dos satélites ou da rede elétrica.
Fontes: UOL / Discovery Channel / Com Ciência