27 de julho de 2014

Equações revelam a física por trás dos guitarristas de sucesso


O guitarrista e físico Dr. David Robert Grimes descobriu com ajuda da ciência o que faz um guitarrista ter sucesso na carreira. Ele concluiu que para ser bom na guitarra é preciso ir muito além da técnica. A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (23) na revista Plos One. Dr. Grimes é pesquisador de pós-doutorado da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Normalmente, ele trabalha com modelos matemáticos de distribuição de oxigênio com o objetivo de melhorar a radioterapia no tratamento de câncer. Mas resolveu investigar a física por trás das técnicas mais comuns na hora de tocar guitarra. Segundo o físico, os bons guitarristas manipulam as cordas para fazer o som. Em um piano, existem 12 notas cromáticas em uma escala. Já o segredo da guitarra é que é possível flexionar as cordas para conseguir notas intermediárias. O físico criou equações derivadas para descrever como algumas técnicas mudam o tom da nota, como a técnica de bend (em que é preciso empurrar a corda para cima ou para baixo), vibrato e alavanca da ponte, que segura as cordas no corpo da guitarra. Foi dessa forma que ele descobriu que as propriedades das cordas, a tensão e a força aplicada, por exemplo, têm grande efeito na mudança do tom. A física da vibração das cordas e dos instrumentos de cordas é estudada pela ciência há muitos anos. Mas, antes do estudo de Dr. Gimes, ninguém havia investigado os efeitos das técnicas na mudança do tom, ou como isso depende da tensão da corda, da força aplicada e do ângulo.










Para fazer o estudo, Dr. Grimes levou uma de suas guitarras antigas até o laboratório de engenharia da Universidade da Cidade de Dublin para fazer os experimentos. Segundo o pesquisador, a experiência é muito simples e acessível a qualquer estudante, principalmente para aqueles que estudam os princípios básicos da física. Também é útil para fabricantes de cordas.

 Fonte: Abril.ciências

Intensa tempestade solar quase fez a humanidade colapsar em 2012


A população mundial mal soube do grande risco que correu há dois anos. Em 2012, aconteceu uma erupção no Sol tão poderosa que poderia fazer a civilização moderna voltar para o século 18. As tempestades solares acontecem por causa de erupções na superfície da estrela. Esse tipo de fenômeno ocorre por mudanças repentinas no campo magnético do Sol – as manchas solares – e emite uma enorme quantidade de energia no espaço.  Forte tempestade solar causa blackouts nas emissões de rádio da Terra  Segundo o Phys.org, a Nasa, agência espacial americana, afirmou que o clima espacial extremo que atravessou a órbita da Terra em 23 de julho de 2012 foi o mais poderoso em 150 anos. No entanto, a população mundial nem soube o que estava acontecendo. Segundo Daniel Baker, professor de Física Atmosférica e Espacial da Universidade do Colorado, se a erupção no Sol tivesse acontecido uma semana antes, a movimentação do nosso planeta faria a tempestade pegar a Terra com tudo e o desastre teria sido grande. Os cientistas analisaram os dados coletados e concluíram os estragos teriam sido parecidos com o da tempestade solar de 1859, conhecido como o evento Carrington.







O evento de 155 anos atrás é o mais poderoso já registrado. Na manhã de 1 de setembro de 1859, o astrônomo Richard Carrington viu um clarão enorme que rompeu da superfície do Sol, emitiu um fluxo de partículas na Terra e viajou mais de 4 milhões de quilômetros por hora. Na tempestade de 1859, postos de telégrafo pegaram fogo, as redes tiveram grandes interrupções. Também foram registrados distúrbios no campo magnético da Terra. Em nota, Baker disse que os estudos recentes o convenceram de que, em 2012, nunca a Terra e os seus habitantes tiveram tanta sorte. Segundo a Academia Nacional de Ciências, o impacto econômico de uma tempestade como de 1859 poderia custar à economia moderna mais de dois trilhões de dólares e causar danos que podem levar anos para serem reparados. Uma tempestade solar intensa pode destruir computadores, derreter os circuitos integrados e causar falhas massivas de discos rígidos. Também pode acontecer um colapso nos sistemas de comunicação, nos automóveis e na aviação. O Sol tem ciclos de atividade de aproximadamente 11 anos, com períodos mais intensos. O auge desse ciclo aconteceu em 2013. Mas, normalmente, as tempestades solares não representam grandes riscos para a humanidade. A energia liberada pelo Sol pode interferir em satélites, sistemas de telecomunicações e aparelhos eletrônicos na Terra. Mas esse tipo de fenômeno não causa riscos imediatos para a saúde de quem está na Terra. Apenas os astronautas fora da estação espacial e pilotos de aviões de caça ou de voos com rota transpolar podem ser prejudicados.

 Fonte: Abril.ciências