23 de outubro de 2011

Achado "oceano" de água em torno de estrela

 
Ilustração do vapor ao redor do disco de poeira: futuro sistema planetário que pode conter água

Uma grande quantidade de água, na forma de vapor, foi encontrada em torno de uma estrela próxima à Terra, a apenas 175 anos-luz.
A Nasa descreve a descoberta inédita como o equivalente a milhares de oceanos no espaço – uma vez que a quantidade de água seria milhares de vezes a do nosso planeta. Além disso, ela seria um indício de que mundos cobertos de água são abundantes no universo.
A grande quantidade de vapor frio envolve o disco de poeira em torno da estrela TW Hydrae, um jovem astro de apenas 10 milhões de anos, menor e mais frio do que o Sol.  Esse disco deve, nos próximos milhões de anos, dar origem a planetas, asteroides e outros corpos, formando um sistema planetário. Nas regiões mais distantes do disco, acredita-se que as partículas de poeira e gelo devem se unir formando cometas.
Cientistas já haviam encontrado vapor de água quente em discos formadores de planetas como este, mas evidências de água nas regiões distantes do disco, as áreas formadoras de cometas, eram desconhecidas. Quanto mais água disponível no disco para a formação de cometas com gelo, maiores as chances de que grandes quantidades de água sejam depositadas, por meio de impactos, em planetas.
Uma das teses mais bem aceitas para a origem da água na Terra é, inclusive, a que supõe que esta chegou até nós por meio de grandes colisões com estes gigantes de gelo.
No caso da estrela TW, os pesquisadores acreditam que a grande quantidade de vapor aumenta as chances de que, no futuro, cometas gelados deixem algum ou alguns de seus planetas  com oceanos.

Dada a abundância de água no futuro sistema, os astrônomos acreditam que este pode ser um modelo que se repete com certa frequência no Universo – o que aumentaria as chances de existirem outros mundos com água.
Os dados para a pesquisa foram coletados pelo Observatório Espacial Herschel e analisados pela equipe liderada por Michiel Hogerheijde, do Observatório Leiden, na Holanda. Ele e seus colegas publicaram um trabalho sobre o assunto na edição desta semana da revista científica Science.

Fonte: Abril

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