15 de novembro de 2011

Explosão em Urano intriga astrônomos



 
 
Duas imagens em infravermelho de Urano: à direita, a explosão na atmosfera fica visível

Uma estranha aparição na atmosfera de Urano intriga os astrônomos – e pesquisadores de renome recorrem à comunidade de astrônomos amadores.
A descoberta foi feita pelo cientista Larry Sromovsky, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, usando o telescópio Keck II.
Ao captar as emissões infravermelhas do planeta, o pesquisador notou uma ocorrência em sua atmosfera, um estranho brilho que não estava lá anteriormente. Até agora, a teoria mais aceita é a de que se trate de uma explosão de metano, um gás abundante na atmosfera de um dos planetas com comportamento mais estranho do sistema Solar.
A imagem, bastante curiosa, ganhou fama esta semana ao ser repercutida nas redes sociais por Heidi B. Hammel, vice-presidente da Associação de Universidades para Pesquisa Astronômica. Em entrevista ao Discovery News, a renomada cientista convocou astrônomos amadores que possuam equipamentos mais avançados  a mirarem suas lentes no planeta em busca de confirmações. Segundo ela, se houver dados suficientes, seria possível que a Nasa decidisse apontar o telescópio Espacial Hubble para lá.
Curiosamente, esta não seria a primeira vez que telescópios menores interfeririam na história do planeta...
Estranho
Urano foi descoberto em 1781 pelo astrônomo William Herschel, e foi o primeiro planeta achado com a ajuda de um telescópio. Assim como Saturno, Júpiter e Netuno, Urano é um “Gigante gasoso”, com cerca de quatro vezes o diâmetro da Terra e quase toda sua massa composta por gás.
A 2,9 bilhões de km do Sol, Urano tem 27 luas conhecidas, quatro vezes o diâmetro da Terra e leva 84 anos terrestres para completar sua órbita. Como o eixo de rotação de Urano é quase paralelo ao seu plano orbital, o planeta para girar de lado. Por causa dessa condição incomum, ele passa por variações extremas na luz, e as estações chegam a durar 20 anos.
Além disso, Urano possui uma atmosfera  de hidrogênio e hélio rica em metano (gás que dá a ele sua cor azulada).
Até agora, somente a nave Voyager 2 visitou o planeta, passando perto dele em 1986 – e a esperança de Hammel e outros astrônomos é a de que, com a explosão na atmosfera, a Nasa se interesse mais pelo 7º planeta do nosso sistema.

Fonte: Abril

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